Trombofilias e infertilidade. Quando e como avaliar
Introdução ao Tema:
A trombofilia é uma predisposição genética à formação de coágulos venosos e, em menor grau, ao tromboembolismo arterial.
A maioria dos exames para trombofilia são desnecessários, gerando ansiedade sem impacto clínico relevante.
Conceito e Impacto da Trombofilia:
Trombofilias hereditárias aumentam o risco de eventos tromboembólicos, especialmente em casos com histórico familiar de trombose.
O fator V de Leiden é a trombofilia hereditária mais comum, com impacto significativo em eventos trombóticos.
Trombofilias e Gravidez:
Trombofilias hereditárias e adquiridas têm impacto no binômio materno-fetal, aumentando os riscos de complicações como aborto, pré-eclâmpsia, descolamento de placenta, entre outros.
A heparina, comumente utilizada, não atravessa a barreira placentária, o que limita sua eficácia na prevenção de tromboses fetais.
Investigação de Trombofilia:
A investigação de trombofilia deve ser feita em casos específicos, como tromboses não provocadas ou repetidas, principalmente em locais incomuns.
Não é recomendada a pesquisa de trombofilia em mulheres com perdas gestacionais recorrentes sem outros fatores de risco conhecidos.
Uso de Anticoagulantes:
A profilaxia com anticoagulantes, como a heparina, é indicada em casos de alto risco, mas o uso indiscriminado é desencorajado devido ao risco de sangramento e falta de evidência de benefícios em muitos casos.
A eficácia de anticoagulantes orais mais recentes é comparável à da heparina, mas com menos riscos associados.
Conclusões e Recomendações:
As decisões clínicas devem ser baseadas em risco-benefício, com cuidado para não causar mais danos que benefícios ao usar profilaxia anticoagulante.
Há necessidade de mais estudos para determinar o grupo de pacientes que realmente se beneficiariam do uso de heparina na gravidez.
Este resumo cobre os principais pontos abordados na apresentação sobre trombofilias e infertilidade, com foco nas indicações e limitações das intervenções clínicas.