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Acervo em vídeo das Reuniões Clínicas Online da Disciplina de Ginecologia

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Como manejar o sangramento na vigência de métodos contraceptivos
48:07

Como manejar o sangramento na vigência de métodos contraceptivos

Introdução Palestra conduzida por Edson, Pós-graduando da Disciplina de Ginecologia da FMUSP. Tema: Como manejar o sangramento na vigência de métodos contraceptivos. Principais Causas de Sangramento Adesão inadequada ao método (medicamentos ou dispositivos mal posicionados). Alterações estruturais ou doenças (ex.: câncer de colo do útero ou miomas). Comunicação ineficaz com pacientes sobre expectativas de uso e efeitos. Importância da Comunicação Evitar termos técnicos confusos, como "spotting" e "escape", que podem gerar ansiedade. Uso de linguagem clara para explicar padrões esperados de sangramento. Antecipar possíveis efeitos para melhorar a adesão ao método. Tipos de Sangramento Spotting: descarga leve que não requer proteção sanitária. Sangramento prolongado: episódios superiores a 14 dias. Sangramento frequente: mais de 5 episódios em 90 dias. Cada método apresenta probabilidades específicas de padrões desfavoráveis. Estratégias de Manejo Expectativa e adaptação: esperar de 3 a 6 meses para o corpo ajustar-se ao método. Mudança de método: oferecer alternativas em casos de desconforto persistente. Uso de tratamentos medicamentosos: como anti-inflamatórios e estrogênio. Educação sobre eficácia: tranquilizar as pacientes quanto à proteção contraceptiva. Métodos Hormonais Pílulas combinadas: maior estabilidade no padrão de sangramento quando administradas continuamente. Implantes subdérmicos: cerca de 20% das usuárias podem apresentar amenorreia, mas a maioria terá sangramentos eventuais. Métodos Não Hormonais DIU de cobre: aumento de até 40% no volume menstrual, mas sem contraindicações mesmo em casos de sangramento prévio. DIU com prata: tese de doutorado de Edson avaliando possível impacto no volume de sangramento. Recomendações Gerais Aconselhamento antecipado: essencial para evitar expectativas irreais e frustrações. Exame físico detalhado: necessário para excluir outras causas de sangramento. Abordagem individualizada: considerar o histórico e objetivos da paciente. Monitoramento e tratamento contínuos: ajustados conforme o padrão de resposta ao método. Considerações Finais Eficácia dos métodos: manter reforço sobre a proteção contraceptiva mesmo com alterações no padrão de sangramento. Estudo contínuo: novas pesquisas e ensaios clínicos estão em andamento para melhorar abordagens. Empatia e acolhimento: fundamentais no manejo e na comunicação com pacientes.
Formação do útero e da mama
01:22:15

Formação do útero e da mama

O professor Prof. Dr. Rinaldo Florencio abordou os conceitos básicos e avanços recentes na formação do útero e da mama. Ele destacou aspectos embrionários, genéticos e hormonais essenciais para o desenvolvimento desses órgãos e suas implicações clínicas. Formação do Útero Desenvolvimento Inicial: O sexo cromossômico é definido na fecundação, mas as gônadas permanecem indiferenciadas até a 6ª semana. A migração das células germinativas primordiais (CGPs) e a formação do mesoderma são etapas cruciais. Fatores Genéticos e Hormonais: Diversas proteínas e genes, como BMP, Stella e SOX9, regulam a diferenciação e migração das CGPs. Mutação nesses fatores pode resultar em infertilidade ou malformações uterinas, como útero bicorno ou septado. Fusão e Formação Estrutural: Os ductos de Müller (para-mesonéfricos) se fundem para formar o útero, tubas uterinas e parte da vagina. A fusão incorreta ou ausência de reabsorção do septo pode causar malformações. Formação da Mama Desenvolvimento Embrionário: As glândulas mamárias derivam de espessamentos do ectoderma (cristas mamárias) que surgem na 5ª semana. Anomalias como mamilos supranumerários podem ocorrer devido à regressão incompleta. Fatores de Crescimento: Proteínas como BMP4 e WNT são fundamentais para a proliferação e ramificação dos brotos mamários. A interação entre epitélio e mesênquima estimula o desenvolvimento glandular. Puberdade e Lactação: Estrogênio e progesterona promovem o alongamento e a ramificação dos ductos mamários. Na gravidez e lactação, a prolactina e a ocitocina regulam a formação de alvéolos e produção de leite. Considerações Clínicas O impacto de fatores ambientais e hormonais, como o uso de estrogênio em fertilização in vitro, foi discutido. Pesquisas em camundongos ajudaram a identificar biomarcadores relevantes, mas há limitações na aplicação direta para humanos. Perguntas e Discussões A suplementação hormonal em reprodução assistida e seu impacto na diferenciação sexual foi analisada. O papel de genes como Stella e os remanescentes dos ductos mesonéfricos foram debatidos.
Terapia Hormonal no Climatério
01:24:29

Terapia Hormonal no Climatério

Abertura • Apresentação do Professor Sóstenes Postigo, chefe de Ginecologia Endócrina e Climatério da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. • Tema central: Terapia hormonal no climatério. Aspectos Gerais da Menopausa • Transição hormonal feminina: Puberdade à pós-menopausa. • Definição da menopausa: Prematura (<40 anos), precoce (40-45 anos), fisiológica (45-55 anos) e tardia (após 55 anos). • Impactos do hipoestrogenismo: Fogachos, insônia, irritabilidade, disfunção sexual, alterações cognitivas, aumento do risco cardiovascular e osteoporose. Terapia Hormonal (TH) • Indicações principais: o Sintomas vasomotores. o Síndrome geniturinária. o Prevenção de perda óssea. o Hipogonadismo estrogênico. • Contraindicações: o Sangramento vaginal inexplicado. o Doenças hepáticas ou cardiovasculares graves. o Câncer hormônio-dependente. • Vias de administração: Oral e transdérmica. • Individualização do tratamento: Ajuste conforme perfil clínico da paciente. Fatores de Risco e Benefícios • Impactos na saúde cardiovascular: o Redução de estradiol associada a maior risco de eventos coronarianos. • Riscos associados ao uso de TH: o Tromboembolismo venoso (risco maior na via oral). o Possível aumento de câncer de mama dependendo da duração do uso e da formulação. • Janela de oportunidade: o Início preferencial até 60 anos ou 10 anos após a menopausa. Alternativas à TH • Medicamentos não hormonais: o Antidepressivos (venlafaxina, ISRS). o Fezolinetant (aguardado no Brasil). Aspectos Clínicos e Diagnósticos • Avaliação pré-tratamento: o Anamnese, exames complementares (TSH, perfil lipídico, densitometria óssea, mamografia etc.). • Monitoramento: Necessidade de acompanhamento contínuo para ajustar o tratamento. • Individualização do tratamento: Uso de doses baixas e terapias combinadas. Consensos e Diretrizes • Sociedade Brasileira de Climatério: o TH é a primeira escolha para sintomas vasomotores na janela de oportunidade. o Preferência por doses baixas e via transdérmica em mulheres mais velhas. • Consenso Global (NAMS): o TH não aprovada para prevenção cardiovascular ou tratamento de demência. Discussões e Considerações Finais • Relação médico-paciente: Decisão compartilhada é essencial. • Duração da terapia: Reavaliação periódica dos benefícios e riscos. • Impactos na qualidade de vida: TH pode melhorar sintomas e reduzir o impacto na vida profissional e pessoal.
Tratamento das lesões intraepiteliais cervicais
01:14:29

Tratamento das lesões intraepiteliais cervicais

Professora Marici Tacla é, dentre outros, especialista em HPV e neoplasia cervical. Discussão sobre a importância de abordar o câncer de colo uterino, uma preocupação significativa no Brasil. Características Anatômicas e Patológicas: Explicação sobre o colo uterino, incluindo o tecido de junção escama colunar. Discussão sobre as células descritas no grupo de Betesda e seu papel na patogênese do câncer cervical. Evolução da Nomenclatura das Lesões: Mudança de terminologia ao longo dos anos para descrever lesões causadas pelo HPV. Reclassificação das lesões intraepiteliais em baixo e alto grau para facilitar diagnósticos e tratamentos. Estudos e Descobertas Recentes: Revisões sistemáticas recentes mostram que muitas lesões de baixo grau regridem espontaneamente. Progressão para câncer é rara em lesões de grau baixo e intermediário, sendo mais comum em casos de alto grau. Critérios para Tratamento e Acompanhamento: Lesões de baixo grau: acompanhamento conservador. Lesões de alto grau: necessidade de intervenção e seguimento rigoroso. Importância da idade, desejo reprodutivo, e estado imunológico na escolha do tratamento. Métodos de Tratamento: Métodos ablativos (eletrocoagulação, criocirurgia) e métodos cirúrgicos (CAF, excisão a laser, conização). A CAF é considerada o padrão para algumas lesões, mas há preferência por conização em casos específicos. Desafios no Tratamento e Recorrência: Desafios na identificação de pacientes com risco de recorrência de lesões pós-tratamento. Importância do teste de HPV como preditor de recorrência. Discussão sobre o impacto da vacinação e mudanças na prevalência dos tipos de HPV. Importância da Vacinação e Rastreio: A vacinação contra HPV é essencial para a prevenção. Necessidade de rastreio contínuo em mulheres tratadas por lesões, devido ao risco elevado de recorrência a longo prazo. Questões de Transmissão e Orientação: Discussão sobre a transmissão sexual do HPV e como lidar com questões de culpa e impacto nos relacionamentos. Sugestão de evitar rastreamento em parceiros masculinos devido à natureza transitória do HPV nos homens. Discussão Final e Recomendações: A importância de um acompanhamento prolongado e personalizado para mulheres tratadas de lesões cervicais. A necessidade de atualizar as práticas conforme novas evidências científicas e a integração de novos métodos e protocolos de seguimento.
Lesões precursoras do câncer de ovário
01:09:05

Lesões precursoras do câncer de ovário

Importância do acompanhamento ginecológico: Ginecologistas têm o privilégio e a responsabilidade de acompanhar mulheres ao longo da vida, muitas vezes enfrentando o diagnóstico de câncer de ovário. Dificuldades no tratamento do câncer de ovário: Pacientes com câncer de ovário frequentemente enfrentam tratamentos agressivos e dispendiosos com prognósticos incertos. A chance de sobrevivência após cinco anos é cerca de 50%. Caso de Anny: História de uma paciente diagnosticada com câncer de ovário que se tornou ativista, questionando a falta de informações adequadas sobre prevenção e tratamento. Ineficácia de métodos tradicionais de rastreamento: Testes como o Papanicolau e marcadores tumorais têm pouca eficácia na redução de mortes por câncer de ovário. Importância do histórico familiar e teste genético: Realizar um aconselhamento genético e histórico familiar detalhado é crucial para identificar risco de câncer de ovário. Métodos de teste genético estão se tornando mais acessíveis. Mutações genéticas associadas: Mutações patogênicas em genes específicos, como BRCA1 e BRCA2, aumentam o risco de câncer de ovário. Mulheres com essas mutações têm indicação para cirurgia profilática. Desafios no aconselhamento e tomada de decisões: Mulheres jovens com risco elevado podem optar por cirurgias profiláticas, mas isso afeta negativamente a reprodução e saúde hormonal, trazendo dilemas. Estudos de eficácia das intervenções profiláticas: Meta-análises demonstram que testagem genética pode ser custo-efetiva e eficaz em reduzir casos de câncer. Procedimentos cirúrgicos recomendados: Cirurgias como salpingooforectomia bilateral (remoção das trompas de Falópio e ovários) são indicadas para mulheres com alto risco genético. Zona de conflito entre reprodução e prevenção: Retirar os ovários em mulheres jovens implica na menopausa precoce, o que traz uma complexidade adicional. Pesquisa e testes preventivos em andamento: Estudos como o STRIVE buscam validar a eficácia de cirurgias preventivas menos invasivas e analisar novas abordagens para reduzir a incidência de câncer. Impacto das lesões precursoras e monitoramento histológico: Exames histológicos detalhados permitem identificar lesões precursoras como a assinatura do p53, que indicam maior risco de progressão para câncer. Propostas para políticas de saúde: Sugestões para ampliar o acesso a testes genéticos e cirurgias profiláticas, com a ideia de prevenir em vez de tratar tardiamente
Leitura jurídica da decisão do STF a respeito da transfusão de sangue
01:34:01

Leitura jurídica da decisão do STF a respeito da transfusão de sangue

Introdução ao Professor: Professor Eudes, com experiência em bioética e direito penal. Já foi promotor e reitor, e possui uma longa trajetória acadêmica. Carreira e Mudança de Rumo: Início na área criminal, mas migrou para bioética após convite para participar de um comitê de ética. Fez doutorado e pós-doutorado em bioética. Importância da Bioética: A bioética é apresentada como uma área com dilemas complexos, especialmente para médicos. O professor enfatiza o aspecto ético nas decisões de saúde. Decisão do STF sobre Tratamentos Médicos e Religião: Discussão sobre o papel do Estado em custear tratamentos não previstos na rede pública, com base em crenças religiosas. STF precisou avaliar se a religião pode interferir nas decisões de saúde pública. Transfusões de Sangue e Testemunhas de Jeová: Controvérsias envolvendo a recusa de transfusões de sangue por motivos religiosos. Questão ética e legal dessas recusas, discutindo o direito à autonomia versus a obrigação médica. Função do Supremo Tribunal Federal: O STF como guardião da Constituição, comparando sua função interpretativa com a Suprema Corte dos EUA. Introdução à hermenêutica, a ciência que auxilia na interpretação das leis. Metodologia e Criatividade no Direito: Direito é uma área interpretativa, diferente de ciências exatas. Criatividade é um elemento necessário para advogados, ao contrário das áreas que seguem estritamente protocolos.
Hiperprolactinemia. Atualização.
01:07:38

Hiperprolactinemia. Atualização.

Apresentação do Tema e do Professor: Professor Gustavo Rosa Maciel apresenta um consenso sobre hiperprolactinemia. Consenso elaborado pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia em parceria com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Laboratório e Contexto Institucional: Expansão e reconhecimento do laboratório onde Gustavo trabalha. Laboratório cresceu de 34 m² para 200 m² e se tornou o 9º mais produtivo entre 65 laboratórios da faculdade. Definição e Controle da Prolactina: Prolactina é produzida na hipófise pelas células lactotróficas. O controle é feito principalmente pela dopamina, que suprime a produção de prolactina. Fisiologia e Funções da Prolactina: A prolactina tem funções além da lactação, como regulação do sistema imunológico e metabolismo. Existem quatro formas diferentes de prolactina circulando no sangue. Causas de Hiperprolactinemia: Causas fisiológicas (gravidez, amamentação) e patológicas (medicações, prolactinomas, disfunção da dopamina). Medicamentos que interferem na prolactina e outras condições, como hipotiroidismo, podem causar elevação. Diagnóstico: Prolactina deve ser dosada em casos de irregularidade menstrual, galactorreia, infertilidade inexplicada, entre outros sintomas. Recomenda-se pedir TSH junto com prolactina para descartar interferência de hipotireoidismo. Tratamento e Objetivos: Tratamento com agonistas dopaminérgicos, como cabergolina e bromocriptina. Objetivos do tratamento: reduzir os níveis de prolactina, diminuir o tumor, restaurar a função gonadal e controlar sintomas. Macro vs. Microprolactinomas: Microprolactinomas tendem a ser mais indolentes e respondem bem ao tratamento. Macroprolactinomas são mais agressivos e podem necessitar de tratamento cirúrgico. Considerações Cirúrgicas: Cirurgia indicada em casos de falha no tratamento medicamentoso ou tumores grandes que causam compressão. Cirurgia transesfenoidal é a técnica mais comum. Cuidado durante a Gravidez: Pacientes com prolactinomas devem ser monitoradas durante a gravidez, pois os tumores podem crescer. Encerramento: O professor agradece o apoio recebido para o crescimento do laboratório e elogia a equipe. Homenagem a profissionais falecidos, incluindo o professor Marcelo, importante colaborador da área de endocrinologia.
Novas recomendações do CBR-SBM-Febrasgo para o rastreamento do cancer de mama
01:16:28

Novas recomendações do CBR-SBM-Febrasgo para o rastreamento do cancer de mama

Aqui está um resumo em tópicos da transcrição das recomendações sobre o rastreamento de câncer de mama: Magnitude do câncer de mama: Câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no Brasil, com cerca de 74.000 novos casos por ano. 30% dos cânceres em mulheres são de mama, com São Paulo registrando cerca de 20.000 casos anuais. Rastreamento do câncer de mama: O rastreamento é essencial para detectar precocemente o câncer e aumentar as chances de sobrevivência. A mamografia é o principal método utilizado, com estudos mostrando redução de mortalidade em 20-48%. Riscos e variações globais: A prevalência do câncer de mama é maior em países desenvolvidos devido aos fatores de risco reprodutivos e genéticos. Países como Estados Unidos, Reino Unido e Austrália têm um risco cumulativo de câncer de mama entre 13-14%. Impacto do diagnóstico precoce: O diagnóstico precoce reduz a mortalidade e permite tratamentos menos agressivos, como menos mastectomias e quimioterapia. A qualidade de vida das pacientes também melhora com a detecção precoce. Mamografia e sua eficácia: A mamografia é eficaz em reduzir o número de casos avançados e melhorar a qualidade de vida das pacientes. Nos EUA, entre 1990 e 2020, a mortalidade por câncer de mama caiu 40%, atribuída a avanços terapêuticos e detecção precoce. Problemas no Brasil: O rastreamento no Brasil é desigual, com uma alta prevalência de cânceres detectados em estágios avançados. O país ainda enfrenta desafios com a infraestrutura de saúde e a falta de acesso a exames adequados em certas regiões. Diferenças de recomendações: No Brasil, há divergências nas diretrizes de rastreamento entre as sociedades médicas e o INCA. As recomendações variam sobre a idade de início do rastreamento e a periodicidade. Tecnologia e rastreamento personalizado: Há uma tendência para personalizar o rastreamento de acordo com o risco individual de cada mulher, com base em fatores como densidade mamária e histórico familiar. A ressonância magnética pode ser usada como complemento em casos de risco elevado. Custo e infraestrutura: A implementação de um rastreamento adequado aumenta o custo do sistema de saúde, mas melhora a sobrevivência das mulheres. A infraestrutura no Brasil ainda é limitada, com uma baixa cobertura de mamografias no sistema público.
Transplante de Útero. Estado atual.
01:12:11

Transplante de Útero. Estado atual.

Resumo em tópicos da apresentação: Histórico do transplante uterino: Procedimento começou a ser desenvolvido nos anos 60 em modelos animais (cachorros, ratos, ovelhas, etc.). Primeira tentativa humana documentada ocorreu em 2000, na Arábia Saudita. Grupo sueco liderado pelo Dr. Mats Brännström foi pioneiro em alcançar nascimentos bem-sucedidos, com oito nascimentos em uma série de nove casos. Importância do transplante uterino: Oferece uma nova alternativa a mulheres com malformações uterinas, histerectomias ou complicações reprodutivas devido a tumores. Solução inovadora além das opções tradicionais, como adoção e útero de substituição, sendo particularmente relevante em países com restrições legais a essas práticas. Casos e avanços no Brasil: O Hospital das Clínicas de São Paulo realizou o primeiro transplante de útero com doadora falecida na América Latina em 2018. Detalhamento do caso de sucesso, onde a paciente engravidou seis meses após o transplante, resultando no nascimento de um bebê saudável. Procedimento trouxe reconhecimento internacional e consolidou o HC como referência na área. Desafios técnicos e médicos: Avaliação criteriosa da doadora e receptora, incluindo compatibilidade dos vasos sanguíneos. Preparação dos embriões, técnica cirúrgica para remoção e implantação do útero, e controle da rejeição através de imunossupressão. Primeiros experimentos mostraram complicações, como rejeição e necessidade de remoção do útero, mas avanços técnicos têm melhorado os resultados. Perspectivas futuras: Exploração de técnicas minimamente invasivas, como retirada de útero por laparoscopia e robótica, especialmente em doadoras vivas. Potencial da bioengenharia e desenvolvimento de úteros artificiais como próximo grande passo. Desafios éticos e logísticos relacionados à ampliação do acesso ao transplante uterino, com implicações no financiamento e regulamentação do procedimento. Essa apresentação destaca o compromisso da equipe do Hospital das Clínicas em liderar a inovação médica e oferecer esperança às mulheres que desejam realizar o sonho da maternidade.
Estratégias para Selecionar a Melhor Revista para Publicar
01:21:55

Estratégias para Selecionar a Melhor Revista para Publicar

A reunião foi aberta com agradecimentos e uma introdução de Valéria, bibliotecária da Faculdade de Medicina, que tem vasta experiência na área e tem organizado seminários sobre publicação científica. Importância da Escolha da Revista: Valéria destacou a importância de selecionar a revista correta para publicação, considerando critérios como o impacto na área e a visibilidade da publicação. Critérios de Avaliação das Revistas: ISSN e DOI: A importância de a revista ter um ISSN válido e de o artigo ser publicado com um DOI, o identificador digital de artigos e teses. Corpo Editorial: Verificar se a revista possui um corpo editorial confiável e vinculado a instituições respeitadas. Periodicidade: A regularidade da publicação é essencial para garantir que a revista seja indexada em bases de dados importantes. Idioma e Indexação: Avaliar se a revista publica no idioma apropriado e se está indexada em bases de dados relevantes, como PubMed ou LILACS. Impacto da Revista: O fator de impacto foi discutido, assim como outras métricas importantes para medir a relevância da revista e do artigo publicado, como o índice H e métricas de visualização. Revistas Predatórias: Um ponto importante foi o alerta contra revistas predatórias, que muitas vezes apresentam práticas enganosas, como a cobrança de taxas exorbitantes ou a promessa de publicação rápida sem revisão adequada. Estratégias para Submeter Artigos: Ao selecionar uma revista, Valéria recomendou verificar o escopo da publicação e se os artigos publicados estão alinhados com o tema do seu artigo. Sugeriu também referenciar artigos anteriores da revista no manuscrito para aumentar as chances de aceitação. Ferramentas e Recursos: Valéria destacou várias ferramentas que facilitam a escolha da revista, como Altmetric (para medir impacto nas redes sociais) e ferramentas de gerenciamento de referências, como Mendeley e EndNote. Afiliação Institucional: A correta utilização do nome da instituição nas publicações foi enfatizada, já que isso impacta as métricas de avaliação da produção acadêmica. Cuidados com Plágio: A reunião também abordou o uso de ferramentas como Turnitin para detectar similaridade e evitar problemas com plágio.
Aspectos atuais no diagnóstico e tratamento da Vulvodinia
01:01:02

Aspectos atuais no diagnóstico e tratamento da Vulvodinia

Essa síntese resume os pontos principais da discussão sobre vulvodinia apresentada na reunião clínica. Apresentação da Professora Adriana Bittencourt: Professora adjunta da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Mestre e doutora pela mesma instituição. Chefe do setor de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia. Tema da Apresentação: Aspectos atuais no diagnóstico e tratamento da vulvodinia, uma condição caracterizada por dor vulvar persistente sem causa aparente. Definição de Vulvodinia: Dor crônica na região vulvar, com duração mínima de três meses. Classificada como dor sem uma causa aparente identificável durante o exame físico. Características da Pele Vulvar: A pele vulvar é altamente especializada, com maior permeabilidade à água e sensibilidade à dor. Tem uma maior capacidade de absorção de medicamentos em comparação com outras partes do corpo. Classificação da Vulvodinia: Vulvodinia localizada (vestibulodinia é a forma mais comum). Pode ser provocada (por atividade sexual, toque, etc.) ou espontânea. Classificação atual estabelecida em 2015 e revisada em 2019. Diagnóstico da Vulvodinia: Diagnóstico de exclusão, com a necessidade de afastar causas como infecções, condições dermatológicas e neurológicas. A anamnese é crucial, com foco em identificar a ausência de causas orgânicas aparentes. Teorias e Fatores Etiológicos: A vulvodinia pode estar associada a fatores psicossociais, distúrbios inflamatórios e neurológicos. Uma teoria popular é a da hiperproliferação de nervos na região vulvar, resultando em uma maior sensibilidade e dor. Tratamento da Vulvodinia: O tratamento é multifacetado e inclui: Higiene adequada e uso de sabonetes líquidos. Dieta pobre em oxalato. Lubrificantes durante a relação sexual. Anestésicos tópicos como lidocaína. Terapia hormonal tópica para mulheres na pós-menopausa. Fisioterapia pélvica e técnicas de relaxamento. Medicações tópicas como amitriptilina e gabapentina. Casos severos podem ser tratados com medicações orais, como antidepressivos e anticonvulsivantes. Desafios no Tratamento: O tratamento é de longo prazo, podendo levar meses ou anos para apresentar resultados. Abordagem multidisciplinar com fisioterapia, psicoterapia e, em casos raros, cirurgia (ressecção do vestíbulo). Considerações Finais: A vulvodinia é uma condição complexa e ainda subdiagnosticada. O diagnóstico e tratamento devem ser individualizados, com ênfase no suporte psicológico e multidisciplinar.
Mamas densas como conduzir
59:12

Mamas densas como conduzir

Palestra "Mamas densas: como conduzir?", proferida Dra Bruna Salani Mota. Confira o resumo cobre os principais pontos abordados, fornecendo uma visão geral dos temas discutidos no encontro: Importância das mamas densas: Mamas densas dificultam a detecção de câncer por meio de mamografias, aumentando os falsos negativos. A densidade mamária por si só já eleva o risco de câncer de mama. Diagnóstico de mamas densas é feito por mamografia, com classificação baseada na proporção de tecido glandular. Classificação das mamas densas: Classificação BI-RADS (A a D): Mamas C e D são consideradas densas. Prevalência: Cerca de 40% das mulheres têm mamas densas (tipos C e D). Impacto da idade: Mulheres mais jovens tendem a ter mamas mais densas, enquanto a densidade diminui com a idade. Risco associado: O risco de desenvolver câncer de mama pode ser até 4 vezes maior em mulheres com mamas extremamente densas. Calculadoras de risco incluem densidade mamária para avaliar o risco ao longo da vida. Métodos complementares de imagem: Ultrassom e ressonância magnética são usados para complementar a mamografia em pacientes com mamas densas, especialmente quando há maior risco de câncer. A tomossíntese também é usada, mas tem limitações em mamas extremamente densas. Ressonância magnética: A ressonância é eficaz na detecção precoce do câncer, identificando até 16 casos a mais por 1.000 exames realizados, mas não é recomendada para todas as pacientes devido ao custo e complexidade. Novas tecnologias: Softwares de inteligência artificial estão sendo desenvolvidos para melhorar a avaliação da densidade mamária e o risco de câncer. Orientações práticas: Não há contraindicação para terapia de reposição hormonal em pacientes com mamas densas, mas é importante monitorar de perto com exames de imagem adicionais. Discussão final: Há um desafio em conciliar a prática clínica com os custos associados a exames complementares. Sociedades médicas recomendam o uso de métodos adicionais em pacientes de alto risco. Essa reunião destacou a importância da abordagem individualizada para pacientes com mamas densas e a necessidade de uma avaliação cuidadosa com métodos complementares de imagem.
Endometriose e Anticoncepção
01:22:14

Endometriose e Anticoncepção

Palestra "Endometriose e Anticoncepção", proferida pelo Prof. Dr. Nilson Roberto de Melo. Este resumo cobre os principais pontos abordados, fornecendo uma visão geral dos temas discutidos no encontro: Apresentação do palestrante: Professor Nilson Roberto de Melo, renomado ginecologista, apresentou sobre endometriose e anticoncepção, destacando sua importância no manejo clínico da mulher. Endometriose: Doença inflamatória crônica dependente de estrogênio. Ocorre em mulheres em idade reprodutiva, com impacto na qualidade de vida. Estima-se que afete cerca de 10% das mulheres, com prevalência mais alta em casos de infertilidade (até 50%). Consequências da endometriose: Afeta fertilidade, qualidade de vida, bem-estar emocional e funcionalidade física. Sintomas comuns: dismenorreia, dor pélvica crônica, dispareunia de profundidade, e dor em outras áreas como ombro (em casos raros). Anticoncepção e endometriose: Uso de métodos anticoncepcionais pode ajudar a controlar os sintomas da endometriose e prevenir sua progressão. Preferência por anticoncepcionais baseados em progesterona, que inibem a ovulação, como o DIU com levonorgestrel, implantes subdérmicos e injetáveis de progesterona. Uso contínuo de pílulas anticoncepcionais é recomendado para minimizar menstruação retrógrada e aliviar a dor. Impactos econômicos e sociais da endometriose: Alto custo econômico relacionado a faltas no trabalho e tratamentos médicos. Dificuldade em diagnosticar precocemente, especialmente em adolescentes. Tratamento cirúrgico e anticoncepção pós-cirurgia: Métodos contraceptivos são recomendados após cirurgia para prevenir recidivas. DIU com levonorgestrel é altamente eficaz, reduzindo recorrências e melhorando a qualidade de vida. Considerações finais: Necessidade de abordagem personalizada, levando em consideração a intenção de gravidez da paciente e o controle dos sintomas. Discussão sobre a importância de orientar adolescentes e pacientes jovens quanto ao uso de anticoncepcionais para controle da endometriose e prevenção de futuros problemas reprodutivos.
Traduzindo o conhecimento sobre alimentos ultraprocessados e saúde em orientações alimentares na prática clínica
01:04:20

Traduzindo o conhecimento sobre alimentos ultraprocessados e saúde em orientações alimentares na prática clínica

Discussão sobre a importância dos alimentos ultraprocessados e sua relação com a saúde e a prática clínica com explicações sobre o Núcleo de Pesquisa em Nutrição da USP (NoPEN) e sua missão de estudar a relação entre alimentação, saúde e doença. Paradigma da Dieta Ultraprocessada: A dieta ultraprocessada é vista como um novo paradigma que ajuda a entender a relação entre alimentação e doenças crônicas. Histórica transição da ciência nutricional que antes focava na relação entre nutrientes específicos e saúde. Classificação dos Alimentos: Alimentos divididos em quatro grupos: in natura, ingredientes culinários processados, alimentos processados e ultraprocessados. Explicação detalhada sobre o impacto dos ultraprocessados na saúde, destacando sua associação com doenças crônicas. Impacto dos Alimentos Ultraprocessados: Substituição de alimentos saudáveis por ultraprocessados compromete a qualidade nutricional da dieta. Estudos mostraram a relação entre dietas ricas em ultraprocessados e o aumento do risco de doenças e mortalidade precoce. Impacto Ambiental e Sustentabilidade: Dietas ultraprocessadas têm um impacto negativo significativo no meio ambiente, contribuindo para a perda da biodiversidade e aumento da pegada de carbono. Guias Alimentares: O Brasil foi pioneiro na incorporação do novo paradigma científico em seu Guia Alimentar, que enfatiza o consumo de alimentos in natura ou minimamente processados. Discussão sobre os desafios da implementação dessas recomendações na prática clínica. Desenvolvimento de Protocolos Clínicos: A criação de protocolos para o uso do Guia Alimentar na prática clínica, voltados para diferentes fases da vida, como gestantes e crianças. A metodologia e validação desses protocolos, que foram adaptados para serem curtos e aplicáveis na rotina clínica. Educação e Capacitação: Capacitação de profissionais da Atenção Primária à Saúde através de cursos online, aumentando a eficácia das orientações alimentares. Discussão e Perguntas: Debate sobre suplementação nutricional, a importância de uma alimentação equilibrada sem a necessidade de suplementos, e o impacto dos ultraprocessados na microbiota intestinal. Reflexão sobre as diferenças regionais na dieta brasileira e a relevância de uma alimentação culturalmente adequada. Encerramento: A reunião foi encerrada com agradecimentos e destaque para a importância da continuidade do trabalho de disseminação do Guia Alimentar
Trombofilias e infertilidade. Quando e como avaliar
01:14:49

Trombofilias e infertilidade. Quando e como avaliar

Introdução ao Tema: A trombofilia é uma predisposição genética à formação de coágulos venosos e, em menor grau, ao tromboembolismo arterial. A maioria dos exames para trombofilia são desnecessários, gerando ansiedade sem impacto clínico relevante. Conceito e Impacto da Trombofilia: Trombofilias hereditárias aumentam o risco de eventos tromboembólicos, especialmente em casos com histórico familiar de trombose. O fator V de Leiden é a trombofilia hereditária mais comum, com impacto significativo em eventos trombóticos. Trombofilias e Gravidez: Trombofilias hereditárias e adquiridas têm impacto no binômio materno-fetal, aumentando os riscos de complicações como aborto, pré-eclâmpsia, descolamento de placenta, entre outros. A heparina, comumente utilizada, não atravessa a barreira placentária, o que limita sua eficácia na prevenção de tromboses fetais. Investigação de Trombofilia: A investigação de trombofilia deve ser feita em casos específicos, como tromboses não provocadas ou repetidas, principalmente em locais incomuns. Não é recomendada a pesquisa de trombofilia em mulheres com perdas gestacionais recorrentes sem outros fatores de risco conhecidos. Uso de Anticoagulantes: A profilaxia com anticoagulantes, como a heparina, é indicada em casos de alto risco, mas o uso indiscriminado é desencorajado devido ao risco de sangramento e falta de evidência de benefícios em muitos casos. A eficácia de anticoagulantes orais mais recentes é comparável à da heparina, mas com menos riscos associados. Conclusões e Recomendações: As decisões clínicas devem ser baseadas em risco-benefício, com cuidado para não causar mais danos que benefícios ao usar profilaxia anticoagulante. Há necessidade de mais estudos para determinar o grupo de pacientes que realmente se beneficiariam do uso de heparina na gravidez. Este resumo cobre os principais pontos abordados na apresentação sobre trombofilias e infertilidade, com foco nas indicações e limitações das intervenções clínicas.
Pré e pós-operatório em Ginecologia
01:23:16

Pré e pós-operatório em Ginecologia

Importância do Pós-Operatório Imediato e Tardio Expectativas e consentimentos no hospital e fora dele. Considerações psicológicas dos pacientes sobre seu agravo e doença. Expectativas dos Pacientes Impacto emocional e expectativas com cirurgias como câncer e incontinência urinária. Expectativas sobre cirurgias vaginais, visão corporal e sexualidade pós-operatória. Importância da reabilitação física e resultados cosméticos das decisões cirúrgicas. Avaliações Pré-Operatórias Exigência de exames laboratoriais dependendo da condição clínica do paciente. Necessidade de atenção à hemoglobina para evitar anemia no momento da cirurgia. Cuidados Intraoperatórios Prevenção de lesões de compressão e aquecimento do paciente para evitar hipotermia. Uso de dispositivos como mantas insufladas e aquecimento de soro para manter a temperatura corporal. Preparo da Pele Importância da escovação da pele e imbricação vaginal com clorexidina 1% para reduzir infecções. Tratamento de cervicites e genitais pré-operatório. Cicatrização Pós-Operatória Fases da cicatrização: inicial (inflamação), proliferação (fibroblastos e colágeno), e maturação. Cuidado com infecção e limpeza da ferida operatória. Uso de curativos específicos como curativos a vácuo e à base de cola para promover a cicatrização. Protocolo de Recuperação Pós-Operatória (ATS) Implementação de protocolos como ATS em alguns hospitais para melhorar as condições pós-operatórias. Princípios focados na minimização de riscos e melhoria da satisfação do paciente​​.
Estado atual do tratamento do Mioma do Útero
01:14:50

Estado atual do tratamento do Mioma do Útero

Contexto e Estatísticas: 580 cirurgias ( laparotomias exploradoras, cistos de ovário, ninfoplastia, bartholinectomia, curetagens, etc…). Destas, 270 foram realizadas pelo diagnóstico de mioma nos últimos dois anos. Média de 6 laparotomias por semana, com uma casuística robusta. Perfil das Pacientes: Média de idade das pacientes: 45 anos. Alta prevalência de obesidade, com IMC médio de 29. Volume uterino médio nas laparotomias: 611 cm³. Complicações Cirúrgicas: Complicações incluem fístula vesicovaginal, lesão de intestino delgado, deiscência de cúpula vaginal. Nenhum caso de sarcoma ou malignidade encontrado. Equipe Cirúrgica: Destacados quatro principais cirurgiões que contribuíram significativamente para o tratamento. Desafios e Inovações: Discussão sobre a obesidade e sua relação com o mioma uterino. Novas medicações e tratamentos para evitar cirurgias desafiadoras. Dificuldades na Pesquisa: Estudos sobre mioma uterino são dificultados pela heterogeneidade da doença. Falta de evidências científicas sólidas sobre o tratamento e seguimento. Tratamento Conservador: Foco na abordagem conservadora devido à complexidade e falta de evidências no tratamento conservador. Desafios em tratar mulheres jovens e assintomáticas que desejam engravidar. Conduta e Seguimento: Divergência de opiniões sobre o seguimento de pacientes assintomáticas. Questões sobre a necessidade e frequência de ultrassonografias. Critérios de Intervenção: Debate sobre o momento e a necessidade de intervenção cirúrgica em miomas de diferentes tamanhos. Questionamento sobre o ponto de corte de 5 cm para indicar miomectomia. Classificação FIGO: Utilização da classificação FIGO para categorizar miomas. A importância de refinar a classificação para melhor entendimento e tratamento. Impacto na Fertilidade: Discussão sobre como miomas intramurais afetam a fertilidade. Necessidade de uma abordagem integrada entre especialistas em reprodução humana e tratamento de miomas. Tempo para Gestação Pós-Miomectomia: Falta de consenso sobre o intervalo ideal para engravidar após miomectomia. Revisão sistemática recomeda liberação para concepção sem tempo mínimo de espera entre cirurgia e concepção. Conclusão: Importância de uma avaliação cuidadosa e individualizada de cada caso. Necessidade de mais evidências científicas para guiar a prática clínica no tratamento de miomas uterinos.
Câncer de mama na gestação
59:20

Câncer de mama na gestação

Diagnóstico durante a gravidez e lactação: Diagnóstico com agulha grossa “core biopsy”. Riscos de hemorragia e fístula láctea. Recomendações para biópsia: retirar o máximo de leite, usar agulhas finas, evitar áreas próximas da papila. Diferenças no diagnóstico pré-menopausa e durante a lactação: Dificuldade em diferenciar lesões precursoras. Estadiamento com raio-x de tórax e ultrassom abdominal, evitando cintilografia e PET-CT devido à alta radiação. Tratamento de câncer na gravidez: Cirurgia e quimioterapia são possíveis após a 13ª semana de gestação. Quimioterapia deve ser pausada duas a três semanas antes do parto. Radioterapia é recomendada apenas no puerpério. Avaliação materna e fetal no pré-natal: Individualização do pré-natal com base no estado clínico da mãe e condições fetais. Avaliação do crescimento fetal com altura uterina e ultrassonografia. Importância de evitar a prematuridade, recomendando o parto após 37 semanas. Quimioterapia e amamentação: Suspensão da amamentação se a mãe for iniciar quimioterapia. Análise da placenta para verificar possíveis complicações. Radiação em exames durante a gravidez: Comparação das doses de radiação: mamografia, tomografia e PET-CT. PET-CT tem dose de radiação equivalente a dez anos de exposição ambiental. Consentimento para procedimentos durante a gravidez: Importância do termo de consentimento assinado pela paciente e médicos. Procedimentos e complicações descritos no termo. Considerações finais: Relevância de informar e capacitar médicos sobre os riscos e procedimentos adequados. Discussão sobre aborto terapêutico e suas implicações legais. Este resumo cobre os principais pontos discutidos na reunião, incluindo diagnóstico, tratamento, avaliação pré-natal e considerações sobre radiação e procedimentos legais.
Sexualidade da mulher moderna
01:03:54

Sexualidade da mulher moderna

Resultados positivos com o uso de energia no tratamento de diversas patologias, conforme a experiência da dra Flávia e sua equipe. Tratamentos para vaginose e atrofia vaginal utilizando energia são mencionados, com estudos mostrando eficiência e alta satisfação das pacientes. Importância da personalização do tratamento é enfatizada, comparando energia com métodos tradicionais. Estudo e protocolo envolvendo aplicações de energia com intervalos específicos, avaliados clinicamente e patologicamente. Discussão sobre o uso de estrogênio e testosterona manipulada, com protocolos intercalando esses hormônios, resultando em boa tolerância das pacientes. Desafios práticos, como a dificuldade no uso de dispositivos e medicações, são abordados, juntamente com a adaptação dos protocolos conforme a resposta das pacientes. Benefícios do tratamento, como a melhoria na qualidade de vida e a redução da frequência de aplicações, são destacados. Uso de propionato de testosterona, a possibilidade de estudar receptores hormonais no introito vulvar por biópsia . Protocolos hormonais que intercalam estrogênio e testosterona manipulada são mencionados, e a proposta de manutenção do tratamento com energia é discutida. Alternativas ao propionato de testosterona, e a betametasona mostram resultados semelhantes no líquen escleroso. Tratamentos pós-radioterapia por neoplasia ginecológica e uso de energias e dilatadores vaginais, com resultados satisfatórios, mas variáveis para cada paciente. Energia facilita a vida das pacientes, reduzindo a frequência de aplicação, com um estudo comparativo entre laser, estrogênio e testosterona. Considerações sobre radioterapia e energia abordam o tempo de aplicação e efeitos colaterais. Tecnologia de radiofrequência ablativa (FRAXX) é mencionada por sua facilidade de uso, e a satisfação das pacientes é bons resultados. Personalização do tratamento considera variáveis individuais como sono, alimentação e exercício no estimulo ao colágeno e a obtenção de melhores resultados.
Infertilidade masculina. Atualização.
01:08:14

Infertilidade masculina. Atualização.

Na palestra foram tratados diversos tópicos relacionados à fertilidade, diagnóstico e tratamento da infertilidade masculina e feminina, bem como questões éticas e de custo associadas aos procedimentos de fertilização in vitro: Introdução sobre a importância do conhecimento e da formação contínua na área médica. Discussão sobre diferentes métodos de estimulação para aumentar as chances de encontrar espermatozoides nos testículos. Descrição do processo cirúrgico para identificar e preservar os túbulos seminíferos mais propícios à produção de espermatozoides. Ênfase na importância de preservar a função testicular durante o procedimento cirúrgico. Apresentação de um método de mapeamento testicular para identificar áreas com maior produção de espermatozoides antes da cirurgia invasiva. Discussão sobre os resultados de um estudo sobre fertilização in vitro. Apresentação de técnicas avançadas de inseminação artificial e fertilização in vitro. Explicação sobre como são realizados os testes de seleção de espermatozoides para fertilização. Debate sobre os desafios e custos envolvidos nos procedimentos de fertilização in vitro. Abordagem da importância da orientação precoce sobre fertilidade masculina e feminina. Discussão sobre a importância da orientação médica sobre fertilidade desde a adolescência. Apresentação de um método de diagnóstico e tratamento de infertilidade masculina. Ênfase no papel do médico na orientação dos casais sobre as opções de tratamento e os custos envolvidos. Reconhecimento do avanço no tratamento da infertilidade masculina no Brasil. Agradecimento e reconhecimento ao Dr. Marcelo pela contribuição significativa no campo da Andrologia e tratamento da infertilidade masculina.
A sexualidade na consulta ginecológica
01:09:54

A sexualidade na consulta ginecológica

Contexto da abordagem da sexualidade na consulta ginecológica: Profissionais muitas vezes têm dificuldade e vergonha de abordar o tema. Ênfase na importância de discutir sexualidade na formação dos profissionais de saúde. Toda consulta ginecológica envolve sexualidade: Sexualidade é um aspecto presente, independente da queixa principal. Importância de considerar a intimidade da paciente em todas as consultas. Abordagem das disfunções sexuais na consulta: Definição de critérios para diagnóstico de disfunção sexual pela OMS. Necessidade de frequência, persistência e sofrimento clinicamente significativo. Principais disfunções abordadas: desejo hipoativo, excitação sexual, disfunção orgásmica e disfunções ejaculatórias. Discussão sobre desejo sexual: Considerações sobre desejo espontâneo e responsivo. Avaliação da relação entre desejo e estimulação sexual. Abordagem clínica na consulta: Importância de utilizar linguagem adequada e evitar julgamentos morais. Uso de perguntas abertas para permitir que a paciente se expresse livremente. Diagnóstico e exame físico: Diagnóstico clínico baseado na história da paciente. Exame físico necessário para descartar causas orgânicas. Exames laboratoriais e anamnese: Exames laboratoriais não diagnosticam disfunções sexuais. Anamnese detalhada inclui histórico sexual, antecedentes médicos e contexto emocional. Principais queixas e causas a serem investigadas: Diminuição de desejo, dor na relação, dificuldade de orgasmo. Considerações sobre o contexto do desejo sexual e sua complexidade. Conclusão: A sexualidade deve ser rotineiramente abordada em consultas ginecológicas. Importância de uma abordagem sensível e individualizada para cada paciente. Perguntas e respostas adicionais sobre problemas sexuais dos pacientes e suas soluções.
O estado atual da conceituação jurídica do embrião
01:31:11

O estado atual da conceituação jurídica do embrião

Reunião com o professor Eudes Quintino de Oliveira Júnior, especialista em Bioética da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto. Professor Eudes é apresentado como promotor de Justiça aposentado e chefe de gabinete da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Tema: estado atual da conceituação jurídica do embrião, em meio a debates sobre questões éticas e legais, após resolução controversa do Conselho Federal de Medicina. Destaque para complexidade do tema e enfoque jurídico, em contraste com abordagens médicas. Trajetória profissional de Eudes: da área jurídica à Bioética, explicando interesse e envolvimento na temática. Definição etimológica do embrião, seu desenvolvimento e evolução, importância histórica na medicina. Natureza jurídica do embrião, status legal e proteção legal desde a concepção. Conceitos como nascituro, embrião, feto e nascimento, com destaque para proteção legal e exceções relacionadas a situações como estupro e anencefalia. Lei de Biossegurança de 2005: aborda fertilização in vitro e manipulação de embriões fora do útero, refletindo avanços tecnológicos e legais. Avanço lento do Direito para abraçar novas situações, em contraste com evolução significativa na área médica. Lei 11.105 permite uso de células-tronco embrionárias para pesquisa e terapia, sob certas condições. Questões legais de embriões excedentes em casos de divórcio e implicações legais de embriões congelados. Embriões intra-útero têm direitos legais, enquanto embriões congelados não. Discussão sobre aborto gera conflitos legais e éticos. Resoluções médicas não têm força de lei. Embrião é tema de debates legais e éticos complexos, discutido no Congresso Nacional. Dignidade humana e direitos do embrião são questões em debate, assim como o aborto. Bioética desempenha papel importante na resolução de dilemas médicos e éticos. Princípio da autonomia da vontade na medicina e princípio da iniciativa das partes. Princípio da justiça distributiva e isonomia na Bioética. Política pública de saúde reflete pensamento de Michel Foucault sobre Estado prover saúde aos cidadãos. Discussão sobre Estatuto do Embrião no Congresso Nacional e necessidade de contemplar direitos e proteção do embrião. Questões éticas e legais relacionadas à fertilização in vitro, alojamento e congelamento de embriões, e debate sobre início da vida humana. Influência da bioética na prática médica e decisões sobre tratamentos e intervenções. Questões legais e éticas relacionadas à reprodução assistida, incluindo doação e descarte de embriões excedentes. Reflexões sobre aposentadoria e continuidade do engajamento em atividades significativas para sociedade, compartilhando conhecimento e experiência.
Como o ginecologista deve conduzir as doenças da mama
01:00:13

Como o ginecologista deve conduzir as doenças da mama

Resumo em tópicos da aula: Início da reunião e cumprimento ao professor Salomão, que chegou de Portugal. Agradecimento ao professor Carlos Ruiz, coordenador do setor de Doenças Benignas da Mama do Instituto Central da Faculdade de Medicina, que fará a apresentação. Introdução sobre o desenvolvimento mamário desde a vida intrauterina até a puberdade. Explicação sobre a influência hormonal no desenvolvimento mamário e a relação com doenças benignas e câncer de mama. Ênfase na importância da formação médica pelo SUS. Divisão da apresentação em duas partes: alterações funcionais benignas da mama e câncer de mama. Discussão sobre as características das doenças benignas da mama, como dor, cistos e nódulos. Recomendações sobre diagnóstico e manejo clínico das alterações mamárias, incluindo orientações sobre estilo de vida, exames físicos e exames de imagem. Abordagem sobre a relação entre desenvolvimento mamário, gestação e risco de câncer de mama. Explicação sobre a importância da mamografia e ultrassom de mama em diferentes faixas etárias e situações clínicas. Identificação e manejo dos nódulos mamários, incluindo fibroadenomas e cistos, com ênfase na conduta conservadora na maioria dos casos. Encorajamento à prática médica centrada no paciente e na prevenção do câncer de mama através de hábitos de vida saudáveis. Estabilização do crescimento de fibroadenomas, geralmente auto-limitado, com involução na pós-menopausa. Modificações relacionadas aos hormônios influenciam o crescimento. Fibroadenomas podem crescer em diferentes direções, resultando em características microscópicas distintas. Recomenda-se biópsia para todas as pacientes com fibroadenomas para diagnóstico definitivo. Pacientes com menos de 30 anos e sem fatores de risco para câncer de mama podem não precisar de biópsia antes dos 30 anos. Características como o diâmetro paralelo à pele e a regularidade do nódulo podem indicar benignidade, eliminando a necessidade de biópsia. Opções de tratamento incluem aspiração por agulha fina para citologia, mas para casos suspeitos de câncer, recomenda-se biópsia com imuno-histoquímica. Procedimentos diagnósticos para nódulos mamários variam com base na idade e no tamanho do nódulo. O fluxo capilar sanguinolento pode indicar risco de carcinoma, mas a maioria dos casos é benigna. Os complexos mamários podem exigir biópsia para avaliação do conteúdo. O paciente deve ser orientado sobre o autoexame da mama, e o papel do ginecologista no diagnóstico e rastreamento é fundamental. O rastreamento ideal para câncer de mama ainda não é amplamente implementado, com a maioria das diretrizes recomendando início aos 40 anos, anualmente. A orientação e a educação do paciente são essenciais para o rastreamento e diagnóstico eficazes. Discussão sobre o uso de ácido gama no tratamento da dor mamária, com ênfase na importância da conversa e mudanças de estilo de vida. O exame clínico da mama pelo ginecologista é crucial para o diagnóstico precoce. Sugestões para aprimorar o diagnóstico e o tratamento de lesões mamárias benignas, incluindo o uso adequado de ultrassom e mamografia, evitando pedidos excessivos de ressonância. Considerações sobre o uso de fitoterápicos e tamoxifeno no tratamento da dor mamária, bem como a importância da eficácia do placebo. Comentários sobre as dificuldades técnicas em mamografias e a preferência dos pacientes pelo ultrassom. Destaque para a necessidade de mais educação e orientação aos pacientes sobre o diagnóstico e tratamento de doenças mamárias.
Cirurgia Robótica em Ginecologia Oncológica
01:09:06

Cirurgia Robótica em Ginecologia Oncológica

Rodrigo Fernandes, assistente do setor de ginecologia oncológica do Icesp/Hospital das Clínicas/Divisão de Ginecologia da FMUSP, apresenta experiência na área. Primeiro robô do Hospital das Clínicas foi para o Icesp, escolhido pelo Prof. Jesus para procedimentos em ginecologia oncológica. Rodrigo possui vasta experiência em cirurgia robótica e laparoscópica, apresentando a experiência do Icesp. Impacto dos Avanços Tecnológicos: Avanços tecnológicos, incluindo cirurgia robótica, têm impactado a medicina. Cirurgia robótica oferece vantagens como movimento de punho, visão 3D e diferentes pinças. Comparação entre cirurgia robótica e laparoscópica em artigos, destacando resultados similares. Cirurgia Minimamente Invasiva em Câncer de Ovário: Discussão sobre cirurgia minimamente invasiva em câncer de ovário e benefícios da radiologia para indicação de cirurgias. Importância da experiência na escolha entre cirurgia robótica e laparoscópica. Revisão de artigos sobre cirurgia robótica em diferentes tipos de câncer ginecológico. Histerectomia Radical e Cirurgias Selecionadas: Discussão sobre histerectomia radical e retomada da cirurgia minimamente invasiva para casos selecionados. Comparativo entre cirurgias abdominal, laparoscópica, robótica e vaginal em histerectomia radical. Preservação da Fertilidade e Qualidade de Vida: Análise de cirurgia de preservação da fertilidade e qualidade de vida em pacientes. Experiência do Icesp em Cirurgia de Câncer de Endométrio: Experiência do Icesp em cirurgia de câncer de endométrio, incluindo estadiamento completo por laparoscopia. Comparação entre Laparoscopia e Cirurgia Robótica: Laparoscopia foi mais rápida do que cirurgia robótica nas mãos do orador devido aos primeiros casos realizados. Curva de aprendizado diminui o tempo do procedimento com o aumento do número de casos. Média de 15 linfonodos retirados na laparoscopia; média de 11,5 linfonodos retirados no robô, devido ao sistema estar ainda em curva de aprendizado. Evolução dos Sistemas e Utilidade em Casos Específicos: Com a evolução dos sistemas, os limites vão sendo quebrados, permitindo atingir e operar casos mais complexos. O robô pode ser útil em casos onde há resistência ou limitação de espaço, como em pacientes com grandes massas tumorais. Câncer de Endometriose e Economia Pélvica: Aumento das incidências de câncer de endometriose demanda cirurgia minimamente invasiva, sendo a laparoscopia totalmente factível. Estabilidade da câmera e visão 3D facilitam o procedimento. Linfonodo Sentinela e Anatomia Linfática: Cirurgia do linfonodo sentinela requer interpretação anatômica para identificar os canais linfáticos e linfonodos. Uso do infravermelho próximo facilita a localização do linfonodo sentinela. Futuro da Cirurgia Robótica: Integração com Inteligência Artificial para orientação em tempo real durante o procedimento. Uso de um portal único para entrada de todos os instrumentos cirúrgicos é uma possível evolução. Importância da Precisão, Treinamento e Desafios: Precisão é crucial, especialmente em cirurgias complexas, independentemente do uso do robô. Treinamento adequado, tanto para cirurgiões experientes quanto para residentes, é essencial. Custos elevados da cirurgia robótica são um desafio, especialmente em comparação com outras técnicas. Discussão sobre Custos e Comparação entre Laparoscopia e Cirurgia Robótica: Cirurgia robótica é 40% mais cara do que a laparoscopia. Foco na necessidade de acessibilidade à cirurgia minimamente invasiva para mais pacientes. Potenciais Vantagens, Desafios e Limitações da Cirurgia Robótica: Maior precisão e menor fadiga para o cirurgião. Menor sangramento e menor tempo de recuperação para o paciente. Alto custo do equipamento, necessidade de treinamento da equipe e limitações técnicas. Cirurgia a Distância e Realidade Virtual: Potencial futuro da cirurgia a distância com o avanço da tecnologia 5G. Uso de realidade virtual para treinamento médico, com plataformas já disponíveis no mercado. Considerações sobre Evolução Tecnológica na Medicina: Necessidade de equilibrar avanços tecnológicos com custos acessíveis. Desafios enfrentados pelas instituições de saúde, operadoras de planos de saúde e pelo sistema público de saúde. Comparação com a evolução de outras tecnologias, como o surgimento do carro elétrico em meio aos carros convencionais.
Controvérsias no tratamento da Endometriose
01:09:41
Interpretação dos exames laboratoriais hormonais femininos
01:31:26

Interpretação dos exames laboratoriais hormonais femininos

Introdução: Apresentação do professor Gustavo Maciel, livre docente da disciplina de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP e coordenador do Laboratório de Investigação Médica, Ginecologia Estrutural e Molecular. Desafios na interpretação de hormônios: Importância da interpretação dos hormônios no diagnóstico e cuidado das pacientes. Identificação dos erros e desafios comuns na interpretação dos resultados hormonais. Utilização e dosagem de hormônios: Objetivo de utilizar hormônios, principalmente para diagnóstico e identificação de problemas ginecológicos. Importância de compreender as dosagens hormonais, quando solicitar, e como interpretar os resultados. Interpretação dos resultados hormonais: Dificuldade na interpretação dos resultados hormonais sem dados clínicos relevantes. Variação hormonal durante o ciclo menstrual e seus impactos na interpretação dos resultados. Indicações e problemas comuns na solicitação de hormônios: Importância de ter uma razão clínica para solicitar exames hormonais. Desafios de excesso de solicitações de exames e limitações do sistema laboratorial. Hormônios principais: FSH, LH e estradiol. Indicações para dosagem e problemas associados à interpretação. Avaliação da reserva ovariana: Importância de avaliar a reserva ovariana em pacientes com infertilidade ou outros problemas ginecológicos. Métodos de avaliação, incluindo FSH basal, estradiol basal, contagem de folículos antrais e hormônio antimülleriano. Influência de métodos contraceptivos: Efeito de diferentes métodos contraceptivos nos resultados dos exames hormonais. Progesterona: Uso limitado, principalmente em reprodução assistida e confirmação de ovulação. Considerações finais: Importância da avaliação clínica e do raciocínio clínico na prática médica. Uso racional de exames complementares. Necessidade de uma abordagem individualizada e baseada em evidências para cada paciente. Preocupação com o excesso de solicitação de exames e sua sustentabilidade no sistema de saúde. Contribuição sobre a interpretação dos níveis de ferritina em mulheres na menopausa.
Como escolher o anticoncepcional na Adolescência
01:00:10

Como escolher o anticoncepcional na Adolescência

Resumo dos prinicipais tópicos do encontro: Prof. Dra. Isabel Cristina Sorpreso: Professora Associada da Disciplina de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP. Desafios na escolha de anticoncepcionais na adolescência: Diversos aspectos individuais a serem considerados. Limitações da literatura sobre o uso de métodos contraceptivos na adolescência. Importância do aconselhamento reprodutivo baseado nos critérios de elegibilidade da Organização Mundial de Saúde e preferências da paciente. Necessidade de criar ambientes de confiança e realizar anamnese e exame físico na assistência ao adolescente. Considerações na escolha do metodo contraceptivo: anticoncepção, eficácia, experiência sexual, preferências da paciente e acesso aos métodos. Aspectos éticos: Confidencialidade e consentimento do adolescente e responsável legal. Recomendação crescente de métodos contraceptivos de longa duração. Fatores associados à escolha do método contraceptivo: Idade, etnia, religião, situação socioeconômica e paridade. Influência do fator econômico na escolha de métodos contraceptivos. Métodos contraceptivos oferecidos na Unidade Básica de Saúde, incluindo implante subdérmico e dispositivo intrauterino hormonal e não hormonal. Todos os métodos contraceptivos são viáveis para adolescentes. Preferência por métodos modernos e eficazes devido a taxas de falha mais altas em métodos de barreira e comportamentais. Não há restrição de idade para utilização de métodos contraceptivos. Priorização de métodos de longa duração reversíveis pela eficácia e segurança. Estudos demonstram que entre adolescentes deve/se discutir e ofertar analgesia durante a inserção de dispositivos intrauterinos. Aconselhamento reprodutivo antecipatório é fundamental para adolescentes e eventos adversos. Possível associação entre progestagenios e aumento de peso. Benefícios dos contraceptivos hormonais combinados na redução do ciclo menstrual e síndrome pré-menstrual. Uso prolongado pode levar à supressão ovariana e redução do sangramento menstrual. Discussão sobre eventos tromboembólicos e contracepção hormonal em mulheres. Baixa incidência em adolescentes em estudo multicêntrico com uso de estrogenios naturais por via oral. Recomendação de considerar risco de tromboembolismo na escolha do método contraceptivo. Professor José Alcione ressalta a Importância do aconselhamento contraceptivo e disponibilidade de métodos. Facilidade de convencer adolescentes quando acompanhadas pela mãe. Recomendação global de oferecer aconselhamento e métodos contraceptivos em todas as consultas. Importância de aconselhamento livre de preconceitos religiosos ou filosóficos. Professor Baracat fez encerramento com votos de felicitações pelo Dia Internacional da Mulher.
Dengue: Aspectos clínicos e laboratoriais
01:04:00

Dengue: Aspectos clínicos e laboratoriais

Resumo em tópicos da reunião clínica "Dengue: Aspectos clínicos e laboratoriais", realizada pelo prof dr Celso Granato Apresentação do Professor Celso Granato: Professor associado e livre docente da disciplina de Doenças Infecciosas da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo. Situação da Dengue no Brasil: Aumento significativo de casos de dengue, incluindo em São Paulo, com três vezes mais casos do que o recorde anterior de 2015. Epidemia de dengue, com 150 casos por 100.000 habitantes em São Paulo e aumento em outras regiões. Destaque para surto de outras arboviroses, como chikungunya, especialmente em Minas Gerais, e aumento de casos de gripe. Aspectos da Dengue Discutidos: Maior incidência em mulheres, especialmente entre 15 e 49 anos. Riscos associados à infecção secundária e evolução para formas graves da doença. Sinais de alerta da dengue, incluindo sangramento de mucosas e dor abdominal. Impactos na gestação, com risco de prematuridade, aborto e complicações neonatais. Complexidade da fisiopatologia da dengue durante a gravidez. Complicações da Dengue na Gravidez: Placentárias e hipóxia fetal. Possibilidade de infecção viral direta do feto, afetando o cérebro. Diagnóstico Laboratorial e Importância do Diagnóstico Precoce: Realizado principalmente por hemograma. Observação dos níveis de plaquetas e hematócrito. Sugestão de realizar testes para dengue e outras infecções virais relacionadas. Testes Disponíveis e Desafios do Diagnóstico: Teste rápido de imunoensaio e teste molecular (PCR). Variação na sensibilidade dos testes ao longo do tempo desde o início dos sintomas. Dificuldade em distinguir entre dengue primária e secundária. Evolução da Infecção e Prognóstico: Relação entre a quantidade de antígeno e a gravidade da doença. Continuidade da detecção do NS1 mesmo após a fase aguda da infecção. Utilidade da sorologia em estágios mais avançados da doença. Recomendações Práticas: Utilização do NS1 para suspeita de dengue. Aparecimento de IgM após o quinto dia e de IgG em estágios mais tardios. Importância de repetir os testes para confirmar o diagnóstico. Considerações Finais: Abordagem multifacetada para o diagnóstico da dengue na gravidez. Escolha do teste dependente do estágio da infecção, disponibilidade e custo. Testes laboratoriais auxiliam no manejo clínico e no prognóstico da doença. Intervenções e Prevenção da Dengue: Teste rápido ideal para detecção, disponível em farmácias e unidades de saúde. Sorologia como opção, realizada em pronto-socorros e laboratórios. Vacina japonesa modificada para maior eficácia e aquisição pelo Brasil. Necessidade de vacinação em larga escala. Desenvolvimento da vacina do Butantã e estudo bem-sucedido com bactéria Wolbachia. Uso de repelentes recomendado, especialmente para gestantes e crianças. Recomendações sobre prevenção da dengue, incluindo medidas adicionais de proteção.
TRH no Climatério: como selecionar os progestagênios
01:01:36

TRH no Climatério: como selecionar os progestagênios

Resumo em tópicos: Progestagênio na assistência à mulher na transição e pós-menopausa: Importância da diferenciação entre projetos gênios. Variação nos efeitos e na determinação da anticoncepção. Terapias de reposição hormonal no climatério: Diferença entre estrogênio natural e sintético. Funções da progesterona na manutenção da gravidez e na terapia hormonal. Repercussões da estimulação prolongada por estrogênios: Risco de hiperplasia e câncer endometrial na ausência de progesterona. Importância do equilíbrio hormonal na prevenção de complicações. Classificação dos projetos gênios: Derivados da hidroxiprogesterona acetinada e não acetinada. Norpregnantes e suas características. Atividades biológicas dos projetos gênios: Ação agonista e antagonista nos receptores de hormônios. Seletividade baseada na afinidade com os receptores. Relação entre hormônios e pressão arterial: Dependência de fatores como estado hormonal, dose e via de administração. Impacto do cortisol na saúde óssea e pressão arterial. Considerações finais sobre projetos gênios: Importância da interação hormonal. Necessidade de avaliação individualizada para garantir segurança. Medicamentos Hormonais e Efeitos: Discussão sobre progestágenos e estrogênios nos receptores. Efeitos na função hepática e pressão sanguínea. Efeitos Metabólicos: Comparação dos efeitos de estrogênio e andrógeno nos níveis de colesterol. Impacto da terapia hormonal no metabolismo lipídico e na resistência à insulina. Estudos sobre Terapia Hormonal: Estudos observacionais sobre risco de câncer de mama. Efeitos de combinações de estrogênio e progesterona no câncer de endométrio. Progestágenos da Nova Geração: Descrição de novas moléculas para terapia hormonal. Ênfase na especificidade em relação a outros efeitos hormonais. Disponibilidade de Misoprostol no Brasil: Exportação para a América Latina. Disponibilidade apenas em hospitais brasileiros. Interpretação de Estudos e Viés de Seleção: Influência do viés de seleção nos estudos hormonais. Questões sobre interação com receptores de progesterona. Progestágenos de Nova Geração e Pílula do Dia Seguinte: Utilização em contraceptivos hormonais. Eficiência da pílula do dia seguinte. Terapia Hormonal e Risco de Eventos Adversos: Debate sobre risco de AVC isquêmico. Necessidade de mais estudos sobre benefícios e riscos. Opções de Reposição Hormonal e Potencial Terapêutico: Avaliação de opções de reposição hormonal. Discussão sobre potência e eficácia. Desafios na Comercialização de Novos Medicamentos: Dificuldades regulatórias e de mercado. Exemplo de produto não disponível devido a questões de preço.
Plataformas de Inteligência Artificial aplicadas à Medicina
01:26:25

Plataformas de Inteligência Artificial aplicadas à Medicina

Resumo em tópicos dos temas tratados: Universidade de São Paulo alcança 51ª posição em ranking mundial de universidades Destaque na área de obstetrícia e ginecologia Evolução histórica da inteligência artificial (IA) desde 1956 Ubiquidade atual em diversas áreas, incluindo navegação por GPS Diversidade de aplicações da IA Desde planilhas eletrônicas até assistentes virtuais como Alexa Capacidade de acelerar processos Distinção entre IA estreita e IA geral Foco em tarefas específicas versus capacidade de realizar uma variedade de funções Preocupações éticas relacionadas ao uso da IA Regulamentação e fake news Papel da Organização Mundial de Saúde na discussão dessas questões Aplicações da IA na área médica Processamento de imagem, diagnóstico e cirurgia robótica Projeto Neuralink para conectar o cérebro humano a dispositivos eletrônicos Futuro da IA na medicina Possibilidade de empresas licenciarem plataformas para criação de algoritmos específicos Importância de debater e regulamentar seu uso Criação de plataforma pelo Icesp para alimentar banco de dados com cânceres GPT Melhoria contínua da plataforma, incluindo recursos como chat, áudio, transcrição e tradução Evolução do chat GPT 4 com recurso de busca online Importância do chat GPT como ferramenta de auxílio aos profissionais de saúde Caso de diagnóstico sugerido pelo chat GPT Uso ético da inteligência artificial na saúde Necessidade de compreender suas limitações e papel de auxílio aos profissionais de saúde Aplicações diversas da IA na saúde Pesquisa científica, análise estatística, emissão de laudos e comunicação com pacientes Questões regulatórias e éticas relacionadas à disseminação de informações falsas na internet Papel da academia e validadores de notícias para combater o problema Necessidade de equilíbrio no acesso à informação e responsabilidade das instituições na garantia da qualidade dos dados Adaptação da academia à evolução tecnológica Desenvolvimento próprio de inteligência artificial Questões éticas na influência de plataformas digitais na tomada de decisões Importância da supervisão clínica na implementação de sistemas de IA na saúde Preocupações com a formação dos alunos diante da rápida evolução tecnológica Necessidade de orientação dos professores na busca por informações confiáveis Auditoria e atualização constante dos sistemas de IA para garantir precisão e confiabilidade Potencial das tecnologias de tradução em tempo real para facilitar a comunicação global
Aspectos morfológicos do endométrio nas fases da vida da mulher
01:21:29

Aspectos morfológicos do endométrio nas fases da vida da mulher

Aula ocorrida em 13 de dezembro de 2023. Professor Manoel de Jesus Simões aborda aspectos morfológicos. Discussão sobre morfema metria, imunoquímica do endométrio e fases da vida da mulher. Professor Manoel é pesquisador sênior e professor titular na Escola Paulista de Medicina. Laboratórios ligados ao Hospital das Clínicas mantidos por recursos do SUS. Exploração da estrutura do útero e modificações ao longo da vida da mulher. Origem e evolução da menstruação em diferentes animais. Regulação hormonal envolvendo hipotálamo, hipófise, ovário e endométrio. Influência dos hormônios estrógeno e progesterona no ciclo menstrual. Detalhamento do ciclo menstrual: fase basal, funcional e descamação durante a menstruação. Abordagem da vascularização do endométrio e sua relação com a fase funcional. Papel dos fibroblastos, macrófagos e colágeno no endométrio. Ativação de genes durante a fase gerativa estrogênica no ciclo menstrual. Observações morfológicas nas glândulas tubulares retificadas. Importância do estudo do estroma e tecido conjuntivo. Microscopia eletrônica revela modificações nas glândulas, núcleos e aumento do volume. Diferenças no tecido conjuntivo em resposta a vários hormônios. Atividade mitótica observada mesmo na fase secretora. Glândulas endometriais tornam-se tortuosas durante diferentes fases do ciclo menstrual. Estudo tridimensional revela glândulas paralelas na região inferior do endométrio. Contribuição de células-tronco para a formação e manutenção do endométrio. Predominância de células-tronco durante a menstruação e sua relação com genes ativados. Análise do endométrio em ovários policísticos, mostrando remodelação e apoptose. Impacto dos hormônios sexuais na estrutura e função do endométrio. Modelos experimentais, incluindo a administração de melatonina, mostram alterações no ciclo menstrual e ovário policístico. Variação na expressão gênica e proteica do endométrio relacionada a hormônios e ciclo menstrual. Discussão sobre a janela de implantação e sua variabilidade entre mulheres e ciclos menstruais. Explanação sobre alterações nos propósitos do spin na janela de implantação. Destaque para moléculas de adesão na receptividade do endométrio. Referência à tese de Paulo Serafim sobre fatores de crescimento, incluindo o fator de leucemia. Abordagem da possibilidade de resolver questões relacionadas a falhas de implantação e abortamentos. Menciona o trabalho do professor Salvatore sobre hiperplasia e hipertrofia nos casos de sangramento. Eficácia da curetagem na remoção da camada funcional hiperplásica. Abordagem do papel do cortisol e sua capacidade de alterar diversos aspectos. Discussão sobre o tratamento de embolização e a importância de estudar a anatomia vascular. Pergunta sobre o diâmetro seguro das partículas na embolização. Reflexões sobre o endométrio em relação à fertilidade, aborto e ovário policístico. Questionamento sobre apoptose em usuárias de Mirena e implantes hormonais masculinos. Comentários sobre reações violentas e mudanças no endométrio nesses casos. Discussão sobre a indução de ovulação na síndrome dos ovários policísticos. Chamado para a continuação de estudos sobre o endométrio, especialmente em casos de infertilidade, aborto e ovário policístico. Votos de Feliz Natal e ótimo ano novo. Reconhecimento ao professor Manoel e desejos de sucesso para o Congresso Mundial de Morfologia. Encerramento do ano com retomada prevista para fevereiro.
Tratamento atual da Infecção Urinária Recorrente
51:38

Tratamento atual da Infecção Urinária Recorrente

Resumo dos principais temas abordados: Foco na incontinência urinária recorrente, um problema de saúde pública. Prevalência de 1 a 6% das consultas médicas por infecção urinária. 250 milhões de pessoas no mundo têm infecção urinária anualmente. Importância do Tema: 50% das mulheres terão episódios de infecção urinária na vida. 25% dessas mulheres terão infecção urinária recorrente. Necessidade de melhorar a qualidade de vida dessas mulheres. Causas e Defesas do Organismo: Migração de bactérias, principalmente Escherichia coli. Anatomia feminina favorece infecções devido à uretra curta e proximidade a vagina e ânus. Importância do pH e da mucosa protetora. Existência de lactobacilos e papel do estrogênio pós-menopausa. Tratamento e Prevenção: Uso de substâncias como ácido hialurônico na camada de glicose. Identificação de fatores de risco, como alterações na flora vaginal e atividade sexual frequente. Correção de distopias genitais, diabetes mellitus e anormalidades do trato urinário. Diagnóstico e Tratamento da Infecção Urinária Recorrente: Definição de infecção urinária recorrente. Uso adequado de antibióticos com base em cultura de urina. Preocupação com resistência bacteriana e orientações para tratamento. Prevenção: Medidas gerais, como ingestão de líquidos, micção periódica e evacuação adequada. Evitar o uso de diafragma e espermicida. Enfoque na profilaxia não antibiótica, destacando o problema da resistência bacteriana. Alternativas para Profilaxia: Destaque para medidas gerais e o uso de estrogênio local. Avaliação crítica de antibióticos profiláticos e probióticos intra vaginais. Importância de considerar a eficácia e resistência bacteriana nas escolhas de tratamento. Conclusão: Ênfase na abordagem integrada para melhorar a qualidade de vida das mulheres com infecção urinária recorrente. Alerta sobre o uso responsável de antibióticos devido à resistência bacteriana global. Probióticos Intra Vaginais: Melhora de 95% dos episódios após três meses de uso. Recomendação por seis meses, com 60% de volta da infecção urinária. Importância na prevenção da resistência bacteriana. Uso de probióticos com duas cepas, aminoácidos e deutério duas vezes por semana. Falta de evidência científica clara. Ácido Hialurônico: Dilação semanal por oito semanas para tentar refazer a camada de glicose. Uso de ácido hialurônico 40 miligramas intra vesical por 6 a 8 semanas sem forte evidência científica. Cranberry: Uso de suco de cranberry para bloquear a aderência do patógeno nas células. Destaque para a substância "pronto" em cranberry. Dose ideal em estudo multicêntrico (36 miligramas mais efetivas?). Evidências de eficácia em diversas metanálises, comparando com placebo e probióticos. Revisão de diferentes formas de cranberry (suco, tabletes, pó). Necessidade de padronização adequada dos produtos. Antibióticos e Outras Terapias: Antibióticos profiláticos têm eficácia limitada a longo prazo. Uso de Nitrofurantoína, Bactrim, Cefalexina, e outras opções em situações específicas. Uso de imunoterapia e estimulação do sistema imune como método promissor. Guidelines Recomendados: Tratamento inicial com medidas comportamentais, estrogênio vaginal, imuno profilaxia. Uso de antibiótico profilaxia em casos persistentes. Cranberry e probióticos ainda carecem de mais evidências. Abordagem personalizada conforme a resposta do paciente. Outros Tópicos: Menção a técnicas micro ablativas sem evidência específica para infecção urinária recorrente. Nomes comerciais de produtos, incluindo dosagens específicas. Discussões em Andamento: Proposta de estudo multicêntrico para avaliar a eficácia de diferentes doses de cranberry. Dúvidas sobre a dose ideal, padronização de produtos e necessidade de mais estudos. Ênfase na importância de evitar o uso excessivo de antibióticos para melhorar a qualidade de vida das pacientes.
Código de Ética da Faculdade de Medicina
01:14:37

Código de Ética da Faculdade de Medicina

Resumo em tópicos da aula: Apresentação da Professora Ana Germani: Professora doutora do Departamento de Medicina Preventiva da FMUSP. Coordenadora do Núcleo de Ética e Direitos Humanos. Coordenação do GT de Direitos Humanos e Diversidade. Comissão de Inclusão e Pertencimento da Faculdade de Medicina da USP. Fala da Professora Ana Claudia: Agradecimentos ao convite. Envolvimento no ensino de graduação. Abordagem sobre o Código de Conduta Ética da Comunidade FMUSP. Discussão sobre Códigos Éticos: Importância dos códigos de ética na prática profissional. Breve histórico da criação do Código de Ética da Faculdade. Destaque para a revisão do código em andamento. Princípios do Código de Ética: Baseado em paz, democracia, liberdade, justiça e equidade. Promoção de uma cultura respeitosa e proteção dos direitos humanos. Harmonia nas relações interpessoais. Expectativas e Regras de Conduta: Regras comuns e específicas para alunos, docentes e servidores. Enfatiza a não promoção de situações de desrespeito, humilhação e constrangimento. Combate a todas as formas de discriminação e violência. Ênfase no respeito à diversidade em vários aspectos. Respeito às Singularidades e Pluralidades: Destaque para o respeito a diversas características, incluindo religião, política, raça, gênero, idade e deficiência. Importância de reconhecer e respeitar a diversidade para evitar desigualdades. Conclusão: Chamado à leitura e reflexão do documento. Ênfase na dinamicidade e colaboração na revisão do código. Necessidade de diálogo sobre ética e conduta na comunidade acadêmica. Avaliação da familiaridade e desafios com diferentes temas: Discussão sobre regras e limites nas relações entre docentes e estudantes. Importância da comunicação com os pacientes. Reflexão sobre a formação médica e o profissionalismo. Código de Ética: Detalha normas, incluindo sigilo de informações e comunicação. Comunicação como competência progressiva e dinâmica. Apresentação dos quatro capítulos do Código de Ética, com foco nas disposições finais. Núcleo de Ética e Direitos Humanos: Análise de violações. Instância educativa. Desafio de trazer temas éticos para a prática. Outros Tópicos Discutidos: Nuvem de palavras como representação simbólica das palavras-chave. Importância do pertencimento e da ética na construção da comunidade. Desafios na desnormalização de comportamentos inadequados e promoção de mudanças. Dificuldade atual de fazer piadas em contexto social sensível. Experiência de lidar com conflitos éticos, como agressão a uma aluna. Discussão sobre códigos de ética na USP e a necessidade de atualização. Insuficiência do Código de Ética da USP de 2001. Presença de Comissões de Direitos Humanos em algumas unidades. Diferenças entre as unidades da USP e a necessidade de adaptação dos códigos. Naturalização de comportamentos e a necessidade de desnaturalização. Desafios em lidar com vieses implícitos e a importância de conversas corajosas. Reflexão sobre o papel das relações interpessoais na construção da harmonia. Discussão sobre a avaliação de estudantes e a necessidade de avaliar competências profissionais. Importância de modelos positivos na formação de profissionais de medicina. Casos de assédio na faculdade e a repercussão diferenciada. Questionamento sobre a existência de disciplinas específicas sobre ética no currículo atual. Menção à presença de discussões éticas transversais em algumas disciplinas.
Aspectos psicossociais e desejo de fertilidade em pacientes com DDS e sexo social  feminino
01:13:25

Aspectos psicossociais e desejo de fertilidade em pacientes com DDS e sexo social feminino

Desenvolvimento Sexual Biológico: • Três etapas no desenvolvimento sexual biológico: determinação cromossômica, desenvolvimento gradual e desenvolvimento fenotípico. • Composições cromossômicas diversas resultam em indivíduos masculinos ou femininos. • Destaque para casos como a Síndrome de Turner e Klinefelter. Desenvolvimento Sexual: • Explicação da cascata masculina e feminina na diferenciação sexual. • Abordagem do desenvolvimento dos genitais externos, dependendo da produção e ação de hormônios sexuais. Desenvolvimento Psicossocial: • Três compartimentos no desenvolvimento psicossocial: identidade de gênero, papel de gênero e orientação sexual. • Discussão sobre a evolução dos papéis de gênero ao longo do tempo. Variações na Sexualidade: • Referência ao estudo pioneiro de Alfred Kinsey sobre a sexualidade humana. • Apresentação de uma lista da Comissão de Direitos Humanos com 35 situações de variações na sexualidade. • Observação sobre a dificuldade dos médicos em abordar abertamente a sexualidade em prontuários. Discriminação e Inclusividade: • Discriminação leva à formação de grupos inclusivos. • Crianças podem ser influenciadas negativamente se não avaliadas corretamente. Transsexualidade na Holanda: • Apenas 40% das crianças transgênero mantêm essa identidade na vida adulta. • Adoção de medidas cirúrgicas deve ser cuidadosa para evitar problemas futuros. Mudanças na Lei: • Mudança recente na lei permite a mudança de nome próprio sem laudo médico. • Restrição a uma alteração de nome. Brincadeiras na Infância: • Brincadeiras na infância são marcadores importantes da identidade de gênero. • Estudos em humanos e macacos indicam influência das brincadeiras na identidade de gênero. Efeitos dos Esteroides: • Esteroides influenciam o desenvolvimento psicosexual, comportamento, papel de gênero e orientação. • Pouca evidência sobre os efeitos dos estrogênios. Condições Congênitas: • Três grupos de condições congênitas relacionadas ao sexo cromossômico. • Diferenças entre DBS 46 XX e 46 X e Y. Avaliação Psicossocial em Indivíduos com DBS 46 XX e 46 X e Y: • Avaliação de papel de gênero, identidade de gênero, disforia, vida conjugal e fertilidade. • Diferenças significativas observadas. Influência da Exposição Pré-Natal: • Exposição pré-natal à androgenia influencia resultados de gênero. • Efeito organizacional nos indivíduos X, Y e ativador nos casos sem exposição pré-natal a androgenia. Disforia de Gênero: • Mudanças no sexo social observadas em 18,7% dos casos. • Maioria das mudanças foi de feminino para masculino. Hiperplasia Adrenal Congênita (XX no Sexo Feminino): • Orientação homossexual observada em 15 casos. • Menor desejo de ter filhos e maior atividade física. Conclusões: • Exposição pré-natal à androgenia impacta desenvolvimento psicossocial. • Genitália atípica não interfere na vida sexual após correção cirúrgica adequada. • Guia de orientação para pais e adultos disponível. Reconhecimento: • Destaque para a importância da professora Dorina Hex no trabalho pioneiro. • Criação de grupos e ambulatórios dedicados à transexualidade e sexualidade feminina
Alterações cervicais glandulares: o que fazer?
01:18:11

Alterações cervicais glandulares: o que fazer?

Aula ocorrida em 08 de novembro de 2023, com os tópicos debatidos: Introdução à reunião e palestra sobre alterações cervicais glandulares. Discussão sobre o método de Papanicolau e sua importância na detecção de câncer cervical. Evolução da nomenclatura das alterações cervicais ao longo do tempo. Identificação das diferentes células cervicais e glandulares. Preocupações com células glandulares atípicas e sua relação com neoplasias. Importância das diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer cervical. Discussão sobre a sensibilidade e especificidade do exame de Papanicolau. Relação entre alterações glandulares e neoplasias. Preocupações com adenocarcinoma in situ cervical. Fatores que podem influenciar a detecção de alterações glandulares. Necessidade de investigação ativa em casos de endometriose e alterações glandulares. Fluxograma de condutas para pacientes com células glandulares atípicas. Importância da colposcopia na avaliação de alterações cervicais. Dificuldades na realização da colposcopia em mulheres mais velhas. Considerações sobre a multicentricidade das lesões cervicais. Problemas na coleta de material para exames de citologia cervical e anatomia patológica. Importância de preencher corretamente as fichas de informação. Iniciativa de treinar os médicos na coleta adequada do material foi elogiada. Caso de diagnóstico de câncer de apêndice que migrou para o colo do útero e foi coletado com a escovinha. Ênfase na importância do ensino na área médica e o valor do trabalho em equipe na medicina. Discussão sobre câncer de pâncreas e câncer de mama. Ênfase na importância da pesquisa, especialmente na doença glandular. Agradecimentos pelo trabalho com a colheita de DNA de HPV. Discussão sobre histeroscopia no diagnóstico da GC. Debate sobre a realização de café em ambiente ambulatorial ou hospitalar. Perguntas sobre persistência de HPV negativo e investigação endometrial. Ênfase na importância de não negligenciar a vulva e a vagina nos exames ginecológicos. Comentários sobre terminologia e uso da língua portuguesa na área da saúde. Informação sobre a próxima reunião e evento de sexualidade.
Alterações citológicas de origem indeterminada. ASCUS e ASCH
01:15:51

Alterações citológicas de origem indeterminada. ASCUS e ASCH

Realizada dia 01 de novembro de 2023. Resumo dos tópicos da aula: Introdução da professora Marici Tacla, doutora e chefe de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia na Divisão de Ginecologia do HC FM USP. Exploração de alterações e siglas em citologia cervical. Discussão sobre questões relacionadas a citologia normal. Apresentação das categorias de células epiteliais atípicas (ASC). Diferenciação entre ASC de significado indeterminado (ASCI) e ASC-H (ASC com suspeita de lesão de alto grau). Atualização das diretrizes de citologia cervical em 2016, sem incluir o teste de HPV. Nomenclatura brasileira para laudos patológicos do colo uterino e áreas genitais em 2020. Abordagem de anormalidades em células escamosas e glandulares. Diagnóstico diferencial de ASC com atrofia, inflamação, carcinoma invasivo e outras entidades. Importância de manter a categoria de ASC em citologia cervical. Discussão sobre a qualidade de laboratórios de citologia cervical. Referência à nomenclatura Bethesda adotada pela Sociedade de Citologia Brasileira. O texto fala sobre a prevalência de anormalidades de citologia, especialmente o diagnóstico ASC-US (Atypical Squamous Cells of Undetermined Significance) em exames ginecológicos. Discute a importância do HPV (Papilomavírus Humano) na triagem e detecção de lesões cervicais. Menciona a realização de colposcopia e biópsia em casos de ASC-US. Aborda estratégias de manejo de ASC-US em diferentes faixas etárias, incluindo adolescentes, mulheres em menopausa e gestantes. Apresenta uma nova abordagem de triagem baseada em riscos, levando em conta idade, exames anteriores, comorbidades e tratamentos anteriores. Cita a prevalência de NIC 2/3 (Neoplasia Intraepitelial Cervical grau 2/3) e câncer cervical em diferentes faixas etárias. Refere-se ao desafio de ensinar nomenclaturas complexas e evolventes aos residentes. Pergunta sobre o impacto das vacinas na prevalência de lesões cervicais. Discussão sobre pacientes residentes que podem enganar devido à aprendizagem. Reclamações sobre residentes não discutirem casos. Mudanças no padrão de vacinação do HPV e genotipagem. Preocupações com a não volta das pacientes após o tratamento. Necessidade de padronização na medicina. Discussão sobre marcadores de proliferação e tipos de HPV. Necessidade de rastreamento com HPV. Estratégias para rastreamento após histerectomia. Impacto dos anticoncepcionais e longevidade na saúde feminina. Ampliação do programa de vacinação do HPV. Sugestões para melhoria do rastreamento e prevenção. Encorajamento para protocolos e condutas médicas atualizadas.
Desafios no diagnóstico da sífilis
01:01:59

Desafios no diagnóstico da sífilis

Reunião clínica realizada no dia 25 de outubro de 2023. Confira os principais tópicos: Apresentação do Professor Celso Granato, especialista em Doenças Infecciosas, Professor Associado do Departamento de Moléstias Infecciosas da Escola Paulista de Medicina-Unifesp Chefe do Setor de Infectologia do Laboratório Fleury - Discussão sobre os desafios no diagnóstico da sífilis. - Aumento dos casos de sífilis no Brasil, incluindo sífilis primária assintomática. - Preocupações com sífilis terciária e sífilis congênita. - Impacto da PrEP na disseminação de doenças sexualmente transmissíveis. - Desafios no diagnóstico da sífilis congênita. - História da sífilis e desenvolvimento de testes de diagnóstico. - Aumento global de casos de sífilis. - Faixas etárias afetadas, incluindo idosos. - Diferença entre testes de diagnóstico de sífilis, como VDRL, RPR e testes de luminometria. - Uso do teste de Western blot para distinguir infecção congênita da sífilis. - Importância dos testes rápidos de sífilis de alta qualidade. - Estímulo ao uso desses testes, especialmente em situações de emergência e pré-natal. - Observação de que os testes de sífilis e HIV são de alta qualidade em comparação com outros testes de doenças. - Discussão sobre falsos positivos em testes de sífilis, com uma taxa de 1% a 3% de falsa positividade. - Recomendação do Ministério da Saúde de iniciar o diagnóstico com um telefonema ou de maneira não polêmica. - Ênfase na importância de confirmar os resultados com diferentes técnicas para evitar falsos positivos. - Desenvolvimento de técnicas de sequenciamento completo para identificar antígenos e desenvolver vacinas. - Descrição de técnicas diretas para detecção do agente causador da sífilis, incluindo microscopia de campo escuro e imunofluorescência. - Uso de PCR para detecção do DNA da bactéria. - Ênfase na necessidade de diagnóstico precoce, especialmente em pacientes com HIV, devido à rápida progressão da doença. - Discussão sobre sífilis em mulheres grávidas e a importância do diagnóstico e tratamento durante o pré-natal. - Exame de sorologia para avaliar a infecção fetal em comparação com a mãe. - Uso de testes de gene e western blot em crianças para confirmar o diagnóstico de sífilis congênita.
Outubro Rosa: o papel do ginecologista
58:06

Outubro Rosa: o papel do ginecologista

Ocorrida em 19 de outubro de 2023. Tópicos desta reunião: Papel dos Especialistas Médicos: - Discussão sobre o papel do ginecologista e do mastologista na formação médica. - Debate sobre a necessidade de pré-requisitos para a mastologia. Câncer de Mama: - Importância do diagnóstico precoce no câncer de mama. - Comparação entre o sistema de saúde público (SUS) e o privado no tratamento do câncer de mama. - Leis relacionadas à mamografia e reconstrução mamária. - Dificuldades de acesso a tratamentos e medicamentos. - Pesquisa sobre o conhecimento da população sobre o câncer de mama e o Outubro Rosa. - Níveis de informação, acesso à saúde e cuidados preventivos. - Razões para não realizar exames de mamografia. Prevenção e Educação em Saúde: - A prevenção é crucial, exemplificada pela campanha Outubro Rosa. - O impacto de ter um parente ou amigo com diagnóstico de câncer de mama na realização de exames. - Destaca a necessidade de educar e informar profissionais de saúde. - Ressalta o papel dos ginecologistas na disseminação da educação. - Incentiva a valorização do Sistema Único de Saúde (SUS) e a melhoria do atendimento. - Destaca a importância do rastreamento e da educação em saúde. - Comenta a falta de informação em algumas faixas etárias. - Aborda a desigualdade no atendimento e os desafios enfrentados em diferentes regiões. - Comenta a importância do ultrassom na prática dos ginecologistas. - Reconhece o papel das pessoas que ajudam na luta contra o câncer de mama e a importância da prevenção. Desafios no Sistema de Saúde: - Discussão sobre a fragmentação e falta de comunicação entre setores da área da saúde. - Destaque para problemas na utilização de recursos médicos, como vagas não preenchidas em hospitais. - Necessidade de melhorar a comunicação e colaboração entre diferentes grupos na área da saúde. - Importância da preservação da fertilidade em pacientes jovens com câncer de mama. - Ênfase na falta de informação e educação sobre essa possibilidade. - Sugestão sobre o papel educador dos médicos e profissionais de saúde. - Abordagem da influência da obesidade no câncer de mama. - Pergunta sobre a crescente incidência de câncer de mama em pacientes mais jovens. - Sugestão da promoção do autocuidado, exercícios físicos e alimentação saudável para a prevenção do câncer de mama. - Proposta de divulgação de dados positivos sobre a sobrevivência em estágios iniciais do câncer de mama para - conscientizar a população.
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