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Acervo em vídeo das Reuniões Clínicas Online da Disciplina de Ginecologia

Linha 1
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Terapia Hormonal no Climatério
01:24:29

Terapia Hormonal no Climatério

Abertura • Apresentação do Professor Sóstenes Postigo, chefe de Ginecologia Endócrina e Climatério da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. • Tema central: Terapia hormonal no climatério. Aspectos Gerais da Menopausa • Transição hormonal feminina: Puberdade à pós-menopausa. • Definição da menopausa: Prematura (<40 anos), precoce (40-45 anos), fisiológica (45-55 anos) e tardia (após 55 anos). • Impactos do hipoestrogenismo: Fogachos, insônia, irritabilidade, disfunção sexual, alterações cognitivas, aumento do risco cardiovascular e osteoporose. Terapia Hormonal (TH) • Indicações principais: o Sintomas vasomotores. o Síndrome geniturinária. o Prevenção de perda óssea. o Hipogonadismo estrogênico. • Contraindicações: o Sangramento vaginal inexplicado. o Doenças hepáticas ou cardiovasculares graves. o Câncer hormônio-dependente. • Vias de administração: Oral e transdérmica. • Individualização do tratamento: Ajuste conforme perfil clínico da paciente. Fatores de Risco e Benefícios • Impactos na saúde cardiovascular: o Redução de estradiol associada a maior risco de eventos coronarianos. • Riscos associados ao uso de TH: o Tromboembolismo venoso (risco maior na via oral). o Possível aumento de câncer de mama dependendo da duração do uso e da formulação. • Janela de oportunidade: o Início preferencial até 60 anos ou 10 anos após a menopausa. Alternativas à TH • Medicamentos não hormonais: o Antidepressivos (venlafaxina, ISRS). o Fezolinetant (aguardado no Brasil). Aspectos Clínicos e Diagnósticos • Avaliação pré-tratamento: o Anamnese, exames complementares (TSH, perfil lipídico, densitometria óssea, mamografia etc.). • Monitoramento: Necessidade de acompanhamento contínuo para ajustar o tratamento. • Individualização do tratamento: Uso de doses baixas e terapias combinadas. Consensos e Diretrizes • Sociedade Brasileira de Climatério: o TH é a primeira escolha para sintomas vasomotores na janela de oportunidade. o Preferência por doses baixas e via transdérmica em mulheres mais velhas. • Consenso Global (NAMS): o TH não aprovada para prevenção cardiovascular ou tratamento de demência. Discussões e Considerações Finais • Relação médico-paciente: Decisão compartilhada é essencial. • Duração da terapia: Reavaliação periódica dos benefícios e riscos. • Impactos na qualidade de vida: TH pode melhorar sintomas e reduzir o impacto na vida profissional e pessoal.
Tratamento das lesões intraepiteliais cervicais
01:14:29

Tratamento das lesões intraepiteliais cervicais

Professora Marici Tacla é, dentre outros, especialista em HPV e neoplasia cervical. Discussão sobre a importância de abordar o câncer de colo uterino, uma preocupação significativa no Brasil. Características Anatômicas e Patológicas: Explicação sobre o colo uterino, incluindo o tecido de junção escama colunar. Discussão sobre as células descritas no grupo de Betesda e seu papel na patogênese do câncer cervical. Evolução da Nomenclatura das Lesões: Mudança de terminologia ao longo dos anos para descrever lesões causadas pelo HPV. Reclassificação das lesões intraepiteliais em baixo e alto grau para facilitar diagnósticos e tratamentos. Estudos e Descobertas Recentes: Revisões sistemáticas recentes mostram que muitas lesões de baixo grau regridem espontaneamente. Progressão para câncer é rara em lesões de grau baixo e intermediário, sendo mais comum em casos de alto grau. Critérios para Tratamento e Acompanhamento: Lesões de baixo grau: acompanhamento conservador. Lesões de alto grau: necessidade de intervenção e seguimento rigoroso. Importância da idade, desejo reprodutivo, e estado imunológico na escolha do tratamento. Métodos de Tratamento: Métodos ablativos (eletrocoagulação, criocirurgia) e métodos cirúrgicos (CAF, excisão a laser, conização). A CAF é considerada o padrão para algumas lesões, mas há preferência por conização em casos específicos. Desafios no Tratamento e Recorrência: Desafios na identificação de pacientes com risco de recorrência de lesões pós-tratamento. Importância do teste de HPV como preditor de recorrência. Discussão sobre o impacto da vacinação e mudanças na prevalência dos tipos de HPV. Importância da Vacinação e Rastreio: A vacinação contra HPV é essencial para a prevenção. Necessidade de rastreio contínuo em mulheres tratadas por lesões, devido ao risco elevado de recorrência a longo prazo. Questões de Transmissão e Orientação: Discussão sobre a transmissão sexual do HPV e como lidar com questões de culpa e impacto nos relacionamentos. Sugestão de evitar rastreamento em parceiros masculinos devido à natureza transitória do HPV nos homens. Discussão Final e Recomendações: A importância de um acompanhamento prolongado e personalizado para mulheres tratadas de lesões cervicais. A necessidade de atualizar as práticas conforme novas evidências científicas e a integração de novos métodos e protocolos de seguimento.
Lesões precursoras do câncer de ovário
01:09:05

Lesões precursoras do câncer de ovário

Importância do acompanhamento ginecológico: Ginecologistas têm o privilégio e a responsabilidade de acompanhar mulheres ao longo da vida, muitas vezes enfrentando o diagnóstico de câncer de ovário. Dificuldades no tratamento do câncer de ovário: Pacientes com câncer de ovário frequentemente enfrentam tratamentos agressivos e dispendiosos com prognósticos incertos. A chance de sobrevivência após cinco anos é cerca de 50%. Caso de Anny: História de uma paciente diagnosticada com câncer de ovário que se tornou ativista, questionando a falta de informações adequadas sobre prevenção e tratamento. Ineficácia de métodos tradicionais de rastreamento: Testes como o Papanicolau e marcadores tumorais têm pouca eficácia na redução de mortes por câncer de ovário. Importância do histórico familiar e teste genético: Realizar um aconselhamento genético e histórico familiar detalhado é crucial para identificar risco de câncer de ovário. Métodos de teste genético estão se tornando mais acessíveis. Mutações genéticas associadas: Mutações patogênicas em genes específicos, como BRCA1 e BRCA2, aumentam o risco de câncer de ovário. Mulheres com essas mutações têm indicação para cirurgia profilática. Desafios no aconselhamento e tomada de decisões: Mulheres jovens com risco elevado podem optar por cirurgias profiláticas, mas isso afeta negativamente a reprodução e saúde hormonal, trazendo dilemas. Estudos de eficácia das intervenções profiláticas: Meta-análises demonstram que testagem genética pode ser custo-efetiva e eficaz em reduzir casos de câncer. Procedimentos cirúrgicos recomendados: Cirurgias como salpingooforectomia bilateral (remoção das trompas de Falópio e ovários) são indicadas para mulheres com alto risco genético. Zona de conflito entre reprodução e prevenção: Retirar os ovários em mulheres jovens implica na menopausa precoce, o que traz uma complexidade adicional. Pesquisa e testes preventivos em andamento: Estudos como o STRIVE buscam validar a eficácia de cirurgias preventivas menos invasivas e analisar novas abordagens para reduzir a incidência de câncer. Impacto das lesões precursoras e monitoramento histológico: Exames histológicos detalhados permitem identificar lesões precursoras como a assinatura do p53, que indicam maior risco de progressão para câncer. Propostas para políticas de saúde: Sugestões para ampliar o acesso a testes genéticos e cirurgias profiláticas, com a ideia de prevenir em vez de tratar tardiamente
Leitura jurídica da decisão do STF a respeito da transfusão de sangue
01:34:01

Leitura jurídica da decisão do STF a respeito da transfusão de sangue

Introdução ao Professor: Professor Eudes, com experiência em bioética e direito penal. Já foi promotor e reitor, e possui uma longa trajetória acadêmica. Carreira e Mudança de Rumo: Início na área criminal, mas migrou para bioética após convite para participar de um comitê de ética. Fez doutorado e pós-doutorado em bioética. Importância da Bioética: A bioética é apresentada como uma área com dilemas complexos, especialmente para médicos. O professor enfatiza o aspecto ético nas decisões de saúde. Decisão do STF sobre Tratamentos Médicos e Religião: Discussão sobre o papel do Estado em custear tratamentos não previstos na rede pública, com base em crenças religiosas. STF precisou avaliar se a religião pode interferir nas decisões de saúde pública. Transfusões de Sangue e Testemunhas de Jeová: Controvérsias envolvendo a recusa de transfusões de sangue por motivos religiosos. Questão ética e legal dessas recusas, discutindo o direito à autonomia versus a obrigação médica. Função do Supremo Tribunal Federal: O STF como guardião da Constituição, comparando sua função interpretativa com a Suprema Corte dos EUA. Introdução à hermenêutica, a ciência que auxilia na interpretação das leis. Metodologia e Criatividade no Direito: Direito é uma área interpretativa, diferente de ciências exatas. Criatividade é um elemento necessário para advogados, ao contrário das áreas que seguem estritamente protocolos.
Hiperprolactinemia. Atualização.
01:07:38

Hiperprolactinemia. Atualização.

Apresentação do Tema e do Professor: Professor Gustavo Rosa Maciel apresenta um consenso sobre hiperprolactinemia. Consenso elaborado pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia em parceria com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Laboratório e Contexto Institucional: Expansão e reconhecimento do laboratório onde Gustavo trabalha. Laboratório cresceu de 34 m² para 200 m² e se tornou o 9º mais produtivo entre 65 laboratórios da faculdade. Definição e Controle da Prolactina: Prolactina é produzida na hipófise pelas células lactotróficas. O controle é feito principalmente pela dopamina, que suprime a produção de prolactina. Fisiologia e Funções da Prolactina: A prolactina tem funções além da lactação, como regulação do sistema imunológico e metabolismo. Existem quatro formas diferentes de prolactina circulando no sangue. Causas de Hiperprolactinemia: Causas fisiológicas (gravidez, amamentação) e patológicas (medicações, prolactinomas, disfunção da dopamina). Medicamentos que interferem na prolactina e outras condições, como hipotiroidismo, podem causar elevação. Diagnóstico: Prolactina deve ser dosada em casos de irregularidade menstrual, galactorreia, infertilidade inexplicada, entre outros sintomas. Recomenda-se pedir TSH junto com prolactina para descartar interferência de hipotireoidismo. Tratamento e Objetivos: Tratamento com agonistas dopaminérgicos, como cabergolina e bromocriptina. Objetivos do tratamento: reduzir os níveis de prolactina, diminuir o tumor, restaurar a função gonadal e controlar sintomas. Macro vs. Microprolactinomas: Microprolactinomas tendem a ser mais indolentes e respondem bem ao tratamento. Macroprolactinomas são mais agressivos e podem necessitar de tratamento cirúrgico. Considerações Cirúrgicas: Cirurgia indicada em casos de falha no tratamento medicamentoso ou tumores grandes que causam compressão. Cirurgia transesfenoidal é a técnica mais comum. Cuidado durante a Gravidez: Pacientes com prolactinomas devem ser monitoradas durante a gravidez, pois os tumores podem crescer. Encerramento: O professor agradece o apoio recebido para o crescimento do laboratório e elogia a equipe. Homenagem a profissionais falecidos, incluindo o professor Marcelo, importante colaborador da área de endocrinologia.
Novas recomendações do CBR-SBM-Febrasgo para o rastreamento do cancer de mama
01:16:28

Novas recomendações do CBR-SBM-Febrasgo para o rastreamento do cancer de mama

Aqui está um resumo em tópicos da transcrição das recomendações sobre o rastreamento de câncer de mama: Magnitude do câncer de mama: Câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no Brasil, com cerca de 74.000 novos casos por ano. 30% dos cânceres em mulheres são de mama, com São Paulo registrando cerca de 20.000 casos anuais. Rastreamento do câncer de mama: O rastreamento é essencial para detectar precocemente o câncer e aumentar as chances de sobrevivência. A mamografia é o principal método utilizado, com estudos mostrando redução de mortalidade em 20-48%. Riscos e variações globais: A prevalência do câncer de mama é maior em países desenvolvidos devido aos fatores de risco reprodutivos e genéticos. Países como Estados Unidos, Reino Unido e Austrália têm um risco cumulativo de câncer de mama entre 13-14%. Impacto do diagnóstico precoce: O diagnóstico precoce reduz a mortalidade e permite tratamentos menos agressivos, como menos mastectomias e quimioterapia. A qualidade de vida das pacientes também melhora com a detecção precoce. Mamografia e sua eficácia: A mamografia é eficaz em reduzir o número de casos avançados e melhorar a qualidade de vida das pacientes. Nos EUA, entre 1990 e 2020, a mortalidade por câncer de mama caiu 40%, atribuída a avanços terapêuticos e detecção precoce. Problemas no Brasil: O rastreamento no Brasil é desigual, com uma alta prevalência de cânceres detectados em estágios avançados. O país ainda enfrenta desafios com a infraestrutura de saúde e a falta de acesso a exames adequados em certas regiões. Diferenças de recomendações: No Brasil, há divergências nas diretrizes de rastreamento entre as sociedades médicas e o INCA. As recomendações variam sobre a idade de início do rastreamento e a periodicidade. Tecnologia e rastreamento personalizado: Há uma tendência para personalizar o rastreamento de acordo com o risco individual de cada mulher, com base em fatores como densidade mamária e histórico familiar. A ressonância magnética pode ser usada como complemento em casos de risco elevado. Custo e infraestrutura: A implementação de um rastreamento adequado aumenta o custo do sistema de saúde, mas melhora a sobrevivência das mulheres. A infraestrutura no Brasil ainda é limitada, com uma baixa cobertura de mamografias no sistema público.
Transplante de Útero. Estado atual.
01:12:11

Transplante de Útero. Estado atual.

Resumo em tópicos da apresentação: Histórico do transplante uterino: Procedimento começou a ser desenvolvido nos anos 60 em modelos animais (cachorros, ratos, ovelhas, etc.). Primeira tentativa humana documentada ocorreu em 2000, na Arábia Saudita. Grupo sueco liderado pelo Dr. Mats Brännström foi pioneiro em alcançar nascimentos bem-sucedidos, com oito nascimentos em uma série de nove casos. Importância do transplante uterino: Oferece uma nova alternativa a mulheres com malformações uterinas, histerectomias ou complicações reprodutivas devido a tumores. Solução inovadora além das opções tradicionais, como adoção e útero de substituição, sendo particularmente relevante em países com restrições legais a essas práticas. Casos e avanços no Brasil: O Hospital das Clínicas de São Paulo realizou o primeiro transplante de útero com doadora falecida na América Latina em 2018. Detalhamento do caso de sucesso, onde a paciente engravidou seis meses após o transplante, resultando no nascimento de um bebê saudável. Procedimento trouxe reconhecimento internacional e consolidou o HC como referência na área. Desafios técnicos e médicos: Avaliação criteriosa da doadora e receptora, incluindo compatibilidade dos vasos sanguíneos. Preparação dos embriões, técnica cirúrgica para remoção e implantação do útero, e controle da rejeição através de imunossupressão. Primeiros experimentos mostraram complicações, como rejeição e necessidade de remoção do útero, mas avanços técnicos têm melhorado os resultados. Perspectivas futuras: Exploração de técnicas minimamente invasivas, como retirada de útero por laparoscopia e robótica, especialmente em doadoras vivas. Potencial da bioengenharia e desenvolvimento de úteros artificiais como próximo grande passo. Desafios éticos e logísticos relacionados à ampliação do acesso ao transplante uterino, com implicações no financiamento e regulamentação do procedimento. Essa apresentação destaca o compromisso da equipe do Hospital das Clínicas em liderar a inovação médica e oferecer esperança às mulheres que desejam realizar o sonho da maternidade.
Estratégias para Selecionar a Melhor Revista para Publicar
01:21:55

Estratégias para Selecionar a Melhor Revista para Publicar

A reunião foi aberta com agradecimentos e uma introdução de Valéria, bibliotecária da Faculdade de Medicina, que tem vasta experiência na área e tem organizado seminários sobre publicação científica. Importância da Escolha da Revista: Valéria destacou a importância de selecionar a revista correta para publicação, considerando critérios como o impacto na área e a visibilidade da publicação. Critérios de Avaliação das Revistas: ISSN e DOI: A importância de a revista ter um ISSN válido e de o artigo ser publicado com um DOI, o identificador digital de artigos e teses. Corpo Editorial: Verificar se a revista possui um corpo editorial confiável e vinculado a instituições respeitadas. Periodicidade: A regularidade da publicação é essencial para garantir que a revista seja indexada em bases de dados importantes. Idioma e Indexação: Avaliar se a revista publica no idioma apropriado e se está indexada em bases de dados relevantes, como PubMed ou LILACS. Impacto da Revista: O fator de impacto foi discutido, assim como outras métricas importantes para medir a relevância da revista e do artigo publicado, como o índice H e métricas de visualização. Revistas Predatórias: Um ponto importante foi o alerta contra revistas predatórias, que muitas vezes apresentam práticas enganosas, como a cobrança de taxas exorbitantes ou a promessa de publicação rápida sem revisão adequada. Estratégias para Submeter Artigos: Ao selecionar uma revista, Valéria recomendou verificar o escopo da publicação e se os artigos publicados estão alinhados com o tema do seu artigo. Sugeriu também referenciar artigos anteriores da revista no manuscrito para aumentar as chances de aceitação. Ferramentas e Recursos: Valéria destacou várias ferramentas que facilitam a escolha da revista, como Altmetric (para medir impacto nas redes sociais) e ferramentas de gerenciamento de referências, como Mendeley e EndNote. Afiliação Institucional: A correta utilização do nome da instituição nas publicações foi enfatizada, já que isso impacta as métricas de avaliação da produção acadêmica. Cuidados com Plágio: A reunião também abordou o uso de ferramentas como Turnitin para detectar similaridade e evitar problemas com plágio.
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