Pós-graduando: Luciano de Melo Pompei Orientador: Profa. Dr.a Filomena Marino Carvalho Data da defesa: 22/11/02 Ao longo das últimas décadas, a terapêutica de reposição hormonal se estabeleceu como tratamento para a sintomatologia climatérica, além de propiciar importante redução no risco de desenvolver enfermidade cardiovascular, osteoporose, doença de Alzheimer e outros. No entanto, a ação hormonal no tecido mamário sempre foi alvo de discussões, particularmente quanto à progesterona e aos progestógenos, com estudos concluindo haver diminuição da atividade proliferativa induzida pelos estrog~enios, enquento vários outros concluem que essas substâncias estimulam a proliferação mamária. Neste estudo, as ações do benzoato de estradiol (BE2) e do acetato de medroxiprogesterona (AMP) na mama foram estudadas em 40 ratas com 250 dias de vida, sendo que 20 haviam procriado e 20 não. Todas foram submetidas à ooforectomia bilateral e, depois de quatro semanas, receberam tratamento hormonal injetável cinco dias por semana, durante 10 semanas. Cada grupo foi dividido em 4 subgrupos, que receberam um dos seguintes: 1 - BE2 5ug/dia; 2-AMP 60ug/dia; 3-BE2 5ug/dia + AMP 60ug/dia; 4-placebo. Ao f inal do tratamento, os animais foram savrificado e suas segunda glândulas mamárias torácicas foram estudadas em microscópio óptico com aumento de 400x. A ocular continha gratículo de 100 pontos permitindo a contagem dos coincidentes com cada estrutura estudada, permitindo p cálculo dos parâmetros morfométricos, isto é, as frações do volume: a) lobular, b) acinar no lóbulo, c) acinar na mama, d) epitelial no lóbulo, e) epitelial na mama, f) luminal acinar. Foi feita também avaliação qualitativa de atrofia, secreção e microcalcificações. Compararam -se todos os tratamentos para cada parãmetro analisado, encontrando-se: a) o tratamento 3 aumentou, significativamente em relação aos tratamentos 2 e 4, todos os parãmetros morfométricos, exceto a fração de volume epitelial no lóbulo; b) somente o tratamento 3 aumentou significativamente a fração do volume epitelial na mama em comparação com os tratamentos 2 e 4; c) não houve diferença significativa entre os tratamentos 1 e 3 para nenhum parãmetro, embora a maioria deles tenha apresentado tendência de maior elevação com o último; d) nenhum parãmetro morfométrico mostrou diferença significativa entre os tratamentos 2 e 4; e) houve predomínio de atividade secretora e de ausência de atrofia com os tratamentos 1 e 3. Os resultados permitem concluir que a adição de progestógeno ao tratamento estrog~enico não reverteu o aumento do compartimento epitelial da mama; pelo contrário, houve potencialização da ação estrog~enica proliferativa. Houve também diferenciação do tecido mamário, evidenciado pela atividade secretora tanto no tratamento estrog~enico quanto no estroprogestacional. Há ncessidade de ação estrogênica para que o progestogeno possa agir. A condição de prole não influencial significativamente a resposta da densidade epitelial, mas houve tendência a maior aumento epitelial no grupo sem prole.
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