A palestra com o Jesus Paula Carvalho pode ser conferida na íntegra neste link. Confira um resumo do que foi tratado na palestra:
Importância do acompanhamento ginecológico: Ginecologistas têm o privilégio e a responsabilidade de acompanhar mulheres ao longo da vida, muitas vezes enfrentando o diagnóstico de câncer de ovário.
Dificuldades no tratamento do câncer de ovário: Pacientes com câncer de ovário frequentemente enfrentam tratamentos agressivos e dispendiosos com prognósticos incertos. A chance de sobrevivência após cinco anos é cerca de 50%.
Caso de Anne: História de uma paciente diagnosticada com câncer de ovário que se tornou ativista, questionando a falta de informações adequadas sobre prevenção e tratamento.
Ineficácia de métodos tradicionais de rastreamento: Testes como o Papanicolau e marcadores tumorais têm pouca eficácia na redução de mortes por câncer de ovário.
Importância do histórico familiar e teste genético: Realizar um aconselhamento genético e histórico familiar detalhado é crucial para identificar risco de câncer de ovário. Métodos de teste genético estão se tornando mais acessíveis.
Mutações genéticas associadas: Mutações patogênicas em genes específicos, como BRCA1 e BRCA2, aumentam o risco de câncer de ovário. Mulheres com essas mutações têm indicação para cirurgia profilática.
Desafios no aconselhamento e tomada de decisões: Mulheres jovens com risco elevado podem optar por cirurgias profiláticas, mas isso afeta negativamente a reprodução e saúde hormonal, trazendo dilemas.
Estudos de eficácia das intervenções profiláticas: Meta-análises demonstram que testagem genética pode ser custo-efetiva e eficaz em reduzir casos de câncer.
Procedimentos cirúrgicos recomendados: Cirurgias como salpingooforectomia bilateral (remoção das trompas de Falópio e ovários) são indicadas para mulheres com alto risco genético.
Zona de conflito entre reprodução e prevenção: Retirar os ovários em mulheres jovens implica na menopausa precoce, o que traz uma complexidade adicional.
Pesquisa e testes preventivos em andamento: Estudos como o STRIVE buscam validar a eficácia de cirurgias preventivas menos invasivas e analisar novas abordagens para reduzir a incidência de câncer.
Impacto das lesões precursoras e monitoramento histológico: Exames histológicos detalhados permitem identificar lesões precursoras como a assinatura do p53, que indicam maior risco de progressão para câncer.
Propostas para políticas de saúde: Sugestões para ampliar o acesso a testes genéticos e cirurgias profiláticas, com a ideia de prevenir em vez de tratar tardiamente
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