Mudanças Climáticas e Saúde
- Disciplina de Ginecologia da FMUSP
- há 14 minutos
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Para conferir na íntegra a palestra apresentada pela Profa. Dra. Thais Mauad, clique aqui.
Resumo em tópicos
Antropoceno e mudanças climáticas: a atividade humana acelerou o aquecimento global, alterando ciclos naturais (regime de chuvas, geleiras, nível do mar) e aproximando o planeta de possíveis pontos de não retorno (por exemplo, desmatamento da Amazônia levando à savanização).
Eventos extremos e saúde: ondas de calor mais frequentes provocam estresse térmico, desidratação e aumento de problemas cardiovasculares; tempestades, enchentes e secas intensas geram emergências de saúde e exigem preparação dos sistemas de atendimento.
Poluição do ar e doenças: a piora da qualidade do ar (agravada por queimadas e emissões) intensifica doenças respiratórias e cardiovasculares, afetando especialmente populações urbanas.
Doenças infecciosas em expansão: alterações no clima (temperaturas em elevação, mudanças de precipitação) favorecem a proliferação de vetores, aumentando a incidência de infecções antes restritas a certas regiões.
Vulnerabilidade materno-infantil: gestantes e crianças estão entre os mais afetados; estudos já associam calor extremo, poluição e desastres ambientais a maior risco de partos prematuros e outras complicações na gravidez e infância.
Poluentes e disruptores endócrinos: a exposição crescente a metais pesados, microplásticos e químicos (aditivos de plástico) preocupa, pois esses poluentes atuam como desreguladores hormonais, podendo afetar fertilidade e desenvolvimento fetal. Exemplo: em Mônaco, gestantes são orientadas a reduzir ao máximo o contato com plásticos durante e após a gravidez para evitar esses agentes.
Sustentabilidade nos hospitais: é preciso repensar práticas para reduzir o lixo nos serviços de saúde. Discutiu-se o dilema entre materiais cirúrgicos descartáveis (plástico) versus reutilizáveis (tecidos) e a importância de separar adequadamente resíduos recicláveis para diminuir o volume de lixo infectante.
Educação e ação urgente: incluir o tema de clima e saúde na formação médica (a Faculdade de Medicina da USP já inicia essa abordagem na graduação) e conscientizar gestores. O encontro reforçou um “call to action”: não basta falar, é hora de agir agora para proteger a saúde das próximas gerações.
Para conferir a palestra na íntegra, clique neste link.
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