A palestra na íntegra pode ser conferida neste link.
Aqui está um resumo sobre a palestra Novas recomendações do CBR-SBM-Febrasgo para o rastreamento do câncer de mama, conduzida pelo Prof Dr Luciano Chala.
Magnitude do câncer de mama:
Câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no Brasil, com cerca de 74.000 novos casos por ano.
30% dos cânceres em mulheres são de mama, com São Paulo registrando cerca de 20.000 casos anuais.
Rastreamento do câncer de mama:
O rastreamento é essencial para detectar precocemente o câncer e aumentar as chances de sobrevivência.
A mamografia é o principal método utilizado, com estudos mostrando redução de mortalidade em 20-48%.
Riscos e variações globais:
A prevalência do câncer de mama é maior em países desenvolvidos devido aos fatores de risco reprodutivos e genéticos.
Países como Estados Unidos, Reino Unido e Austrália têm um risco cumulativo de câncer de mama entre 13-14%.
Impacto do diagnóstico precoce:
O diagnóstico precoce reduz a mortalidade e permite tratamentos menos agressivos, como menos mastectomias e quimioterapia.
A qualidade de vida das pacientes também melhora com a detecção precoce.
Mamografia e sua eficácia:
A mamografia é eficaz em reduzir o número de casos avançados e melhorar a qualidade de vida das pacientes.
Nos EUA, entre 1990 e 2020, a mortalidade por câncer de mama caiu 40%, atribuída a avanços terapêuticos e detecção precoce.
Problemas no Brasil:
O rastreamento no Brasil é desigual, com uma alta prevalência de cânceres detectados em estágios avançados.
O país ainda enfrenta desafios com a infraestrutura de saúde e a falta de acesso a exames adequados em certas regiões.
Diferenças de recomendações:
No Brasil, há divergências nas diretrizes de rastreamento entre as sociedades médicas e o INCA.
As recomendações variam sobre a idade de início do rastreamento e a periodicidade.
Tecnologia e rastreamento personalizado:
Há uma tendência para personalizar o rastreamento de acordo com o risco individual de cada mulher, com base em fatores como densidade mamária e histórico familiar.
A ressonância magnética pode ser usada como complemento em casos de risco elevado.
Custo e infraestrutura:
A implementação de um rastreamento adequado aumenta o custo do sistema de saúde, mas melhora a sobrevivência das mulheres.
A infraestrutura no Brasil ainda é limitada, com uma baixa cobertura de mamografias no sistema público.
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