Doença inflamatória pélvica aguda: como tratar?
- Disciplina de Ginecologia da FMUSP

- 4 de out.
- 1 min de leitura
Para conferir a palestra na íntegra, com o Prof. Dr. Eduardo Vieira da Motta, clique aqui.
Histórico e evolução:
Antes: associada principalmente a DSTs (gonorreia e clamídia).
Agora: visão multifatorial, com papel da microbiota intestinal e vaginal.
Fatores de risco: múltiplos parceiros, DSTs não tratadas, manipulações uterinas (DIU recente, curetagem, histeroscopia), tabagismo, imunossupressão (HIV, colagenoses).
DIU: risco aumentado apenas nas primeiras 3–4 semanas pós-inserção; avaliação prévia é recomendada.
Microbiota:
Disbiose intestinal aumenta inflamações e risco de DIP.
Dieta rica em fibras melhora diversidade microbiana.
Ciclo menstrual: fase folicular tem menor proteção (menos lactobacilos, mais vulnerabilidade).
Etiologia: Clamídia, Mycoplasma genitalium, Gardnerella e bactérias entéricas.
DIP não sexual: pode ocorrer em virgens, associada a malformações ou disseminação hematogênica.
Diagnóstico:
Clínico: dor pélvica, febre, corrimento, dispareunia.
Exames: PCR (preferido), ultrassom com Doppler, ressonância, laparoscopia.
Novidades diagnósticas:
Ultrassom com contraste: microbolhas para avaliar fluxo e perfusão.
MicroRNAs: potenciais marcadores para inflamação, endometriose e DIP.
Tratamento:
Iniciar com presunção diagnóstica.
Antibióticos; drenagem por radiologia intervencionista para abscessos.
DIU pode ser mantido em casos leves.
Probióticos e prebióticos são adjuvantes promissores (restaurar homeostase).
Rastreamento: Clamídia em jovens <24 anos reduz DIP e gravidez ectópica.
Discussão:
Uso excessivo de antibióticos pode piorar disbiose.
Risco crescente em pós-menopausa com nova vida sexual ativa.
Microbioma e hábitos alimentares são novos focos terapêuticos.
Para conferir a palestra na íntegra, clique aqui.







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