Mycoplasma genitalium: a nova clamídia
- Disciplina de Ginecologia da FMUSP

- há 2 dias
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Para conferir a palestra na íntegra, com o Prof Dr Newton Carvalho, clique aqui.
Tema central: Mycoplasma genitalium como agente emergente, comparado à “nova clamídia” devido ao comportamento epidemiológico, quadro clínico e impacto reprodutivo semelhante.
Microrganismo extremamente pequeno, semelhante em tamanho a vírus, mas classificado como bactéria; não possui parede celular, o que aumenta resistência a antibióticos que atuam na parede bacteriana.
Tem grande capacidade de aderir e invadir células sem precisar de receptores, podendo replicar dentro e fora das células, o que o torna mais agressivo que clamídia.
Forma biofilme complexo, possibilitando persistência, resistência antimicrobiana e reinfecção mesmo após terapias múltiplas.
Prevalência crescente no Brasil: estudos anteriores indicavam cerca de 1%, chegando a 6–12% em grupos selecionados e até 80% de resistência a azitromicina em populações de risco.
Alta taxa de portadores assintomáticos, dificultando rastreamento epidemiológico.
Fortemente associado a cervicite, uretrite persistente, DIP, infertilidade, abortamento recorrente e prematuridade, sendo possível fator subdiagnosticado em obstetrícia.
Diagnóstico ideal: PCR; cultura não é prática e sorologia não é indicada.
Diretrizes atuais: não rastrear população assintomática; testar em quadros persistentes ou recorrentes, e em DIP.
Tratamento ideal: terapia sequencial, primeiro redução de carga bacteriana com doxiciclina e depois antibiótico direcionado (azitromicina ou moxifloxacino conforme resistência).
Evitar azitromicina em dose única e evitar uso empírico precoce de moxifloxacino para não aumentar resistência.
Tratamento deve incluir parceiros, mas legislação brasileira impede prescrição direta sem avaliação — criando desafios práticos.
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