Palestra "Mamas densas: como conduzir?", proferida Dra Bruna Salani Mota.
A palestra na íntegra pode ser conferida neste link.
Confira o resumo cobre os principais pontos abordados:
Importância das mamas densas:
Mamas densas dificultam a detecção de câncer por meio de mamografias, aumentando os falsos negativos.
A densidade mamária por si só já eleva o risco de câncer de mama.
Diagnóstico de mamas densas é feito por mamografia, com classificação baseada na proporção de tecido glandular.
Classificação das mamas densas:
Classificação BI-RADS (A a D): Mamas C e D são consideradas densas.
Prevalência: Cerca de 40% das mulheres têm mamas densas (tipos C e D).
Impacto da idade: Mulheres mais jovens tendem a ter mamas mais densas, enquanto a densidade diminui com a idade.
Risco associado:
O risco de desenvolver câncer de mama pode ser até 4 vezes maior em mulheres com mamas extremamente densas.
Calculadoras de risco incluem densidade mamária para avaliar o risco ao longo da vida.
Métodos complementares de imagem:
Ultrassom e ressonância magnética são usados para complementar a mamografia em pacientes com mamas densas, especialmente quando há maior risco de câncer.
A tomossíntese também é usada, mas tem limitações em mamas extremamente densas.
Ressonância magnética:
A ressonância é eficaz na detecção precoce do câncer, identificando até 16 casos a mais por 1.000 exames realizados, mas não é recomendada para todas as pacientes devido ao custo e complexidade.
Novas tecnologias:
Softwares de inteligência artificial estão sendo desenvolvidos para melhorar a avaliação da densidade mamária e o risco de câncer.
Orientações práticas:
Não há contraindicação para terapia de reposição hormonal em pacientes com mamas densas, mas é importante monitorar de perto com exames de imagem adicionais.
Discussão final:
Há um desafio em conciliar a prática clínica com os custos associados a exames complementares.
Sociedades médicas recomendam o uso de métodos adicionais em pacientes de alto risco.
Essa reunião destacou a importância da abordagem individualizada para pacientes com mamas densas e a necessidade de uma avaliação cuidadosa com métodos complementares de imagem.
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