Fisioterapia nas disfunções do Assoalho Pélvico: novas evidências e critérios para encaminhamento
- Disciplina de Ginecologia da FMUSP
- 7 de jun.
- 2 min de leitura

Na última Reunião Clínica da FMUSP, a Profª Elizabeth Alves Ferreira nos presenteou com uma aula rica e sensível sobre a atuação da fisioterapia nas disfunções do assoalho pélvico. Sua fala emocionou ao começar com uma poesia sobre o vínculo entre profissional e paciente, e seguiu com uma análise baseada em evidências científicas.
Para conferir na íntegra a palestra apresentada pela Profa. Dra. Elizabeth Alves Ferreira, clique aqui.
Recomendamos após assistir a aula o aprofundamento no tema por meio do ingresso na 12ª Jornada Internacional de Uroginecologia da FMUSP, onde especialistas debaterão tópicos como incontinência urinária, bexiga hiperativa, infecções urinárias, dor pélvica, fisioterapia, prolapso genital e muito mais.
Conforme destacou a professora, a incontinência urinária é uma das disfunções mais prevalentes do assoalho pélvico, afetando mais de 55% das mulheres em estudos recentes. Apesar disso, ainda é pouco discutida em atendimentos, principalmente porque muitas pacientes não relatam espontaneamente seus sintomas. A fisioterapia configura tratamento de primeira linha, com evidência nível 1, sem efeitos colaterais e de baixo custo — uma mensagem fortemente alinhada ao tema Incontinência Urinária: Diagnóstico e Tratamento Atual, presente na Jornada.
Além disso, a aula trouxe evidências de que os exercícios do assoalho pélvico supervisionados por fisioterapeutas são mais eficazes do que o uso isolado de recursos como biofeedback ou eletroestimulação. A Fisioterapia em Saúde da Mulher, mais especificamente em Uroginecologia, inicia-se com uma avaliação especializada.
Além da incontinência urinária, outros temas relevantes que também serão abordados na 12ª Jornada, receberam enfoque, como:
Bexiga Hiperativa: a importância de compreender hábitos miccionais e os limites da eletroestimulação tibial, conectando-se a tratamentos conservadores mais eficazes.
Infecções Urinárias e ITU recorrente: a correlação entre microbiota vaginal e função muscular reforça como a fisioterapia pode ajudar na restauração do equilíbrio local, evitando infecções.
Dor Pélvica e Bexiga Dolorosa: a fisioterapia foi apresentada como central na dessensibilização, reeducação da resposta à dor e alívio de sintomas crônicos.
Prolapso Genital e Sling: foi evidenciado que o preparo pré-operatório e a fisioterapia pós-cirúrgica melhoram a aderência ao tratamento e a longevidade dos resultados — temas que serão amplamente debatidos em sessões sobre Procedimentos Minimamente Invasivos e Sling.
Tratamentos baseados em energia e atrofia genital: foi citado um estudo em que a associação entre fisioterapia e radiofrequência obteve melhores resultados do que os métodos isolados.
A aula da Profª Elizabeth reforça ainda que não há reabilitação ginecológica completa sem fisioterapia. Seja no pós-parto, na menopausa ou em casos de dor e disfunções, a atuação fisioterapêutica promove não apenas reequilíbrio físico, mas também devolve qualidade de vida, autonomia e autoestima às pacientes. Esses e outros conteúdos estarão presentes na 12ª Jornada Internacional de Uroginecologia da FMUSP — um convite para profissionais que querem atuar com excelência no cuidado integral da mulher.
Para conferir a palestra na íntegra, clique neste link.
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